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DEZEMBRO LARANJA
Hospital Universitário da UFRJ realiza mutirão de atendimento à população para investigação do câncer de pele
Hospital Universitário da UFRJ promove atendimento para diagnóstico do câncer de pele.
Rio de Janeiro (RJ) - Neste mês dedicado à prevenção ao câncer de pele, o tipo de tumor mais prevalente na população brasileira, segundo o Ministério da Saúde, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro promoveu, no último sábado, dia 07, um mutirão para diagnóstico precoce e tratamento da doença. O HUCC-UFRJ é um dos 45 hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Todas as pessoas que buscaram atendimento foram atendidas das 9h às 15h, no Ambulatório de Dermatologia do primeiro andar do HCCF-UFRJ. Ao todo, 75 pacientes que estavam na unidade tiveram a oportunidade de consulta com a equipe da instituição.
A iniciativa teve como objetivo atender pessoas com algum tipo de lesão na pele, como manchas, sinais com deformidades, coceira persistente, sangramentos, feridas e cicatrizes que não fecham (por mais de quatro semanas). Após a etapa de triagem realizada pela equipe de Dermatologia, os casos que apresentavam alguma indicação de câncer foram encaminhados para acompanhamento e tratamento cirúrgico, principal via terapêutica para combate ao tumor cutâneo.
“Esse tipo de ação, realizada todos os anos, é de extrema relevância para a população. Aqui, as pessoas chegam, pegam as senhas, são atendidas pelos profissionais qualificados e encaminhados para os tratamentos adequados”, destaca Márcia Ramos e Silva, chefe do Serviço de Dermatologia do HUCFF- UFRJ.
O câncer de pele, conforme explica Márcia, é uma alteração das células que se multiplicam de forma anormal. Existem dois tipos de classificação da doença: o não melanoma, mais frequente na população, que pode se desenvolver nas células basais (na camada mais profunda da epiderme, chamado de carcinoma basocelular), ou nas células mais superiores da pele (chamado de carcinoma espinocelular).
Já o melanoma, forma mais grave da doença, recebe este nome porque atinge os melanócitos, células responsáveis pela cor de pele. As observações são feitas nas manchas, quanto a sua assimetria, bordas, tonalidade, diâmetro (maior que seis milímetros) e histórico. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, entre 2023 e 2025, a cada ano surjam mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, enquanto para o melanoma são esperados quase nove mil casos por ano.
Uma dica importante para que a pessoa se conheça melhor e procure um especialista é a “regra do ABCDE” para lesões, sendo o A de assimetria; o B de bordas irregulares; o C de cor (duas ou mais); o D de diâmetro maior que 5 milímetros; e o E de evolução (alteração de tamanho, forma e cor).
Além do diagnóstico feito por meio de análise clínica durante consulta para avaliação das lesões, pode ser sugerida biópsia, quando necessário. A depender de cada caso, levando em consideração o tamanho e o nível do tumor, associada à cirurgia podem ser indicadas a quimioterapia e radioterapia.
Previna-se!
As medidas preventivas contra o câncer de pele envolvem cuidados relacionados à fotoproteção. Por isso, recomenda-se o uso de protetor solar diário, com reaplicações a cada duas horas, inclusive após transpiração excessiva e mergulho; uso de roupas protetoras (UV), chapéus e óculos, especialmente em ocasiões com forte incidência solar e para trabalhadores que estão expostos ao sol.
Sobre a Ebserh
O Hospital Clementino Fraga Filho do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro faz parte da Rede Ebserh desde o início de 2024. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por George Miranda e Maria Carolina Frigo Maschio, com revisão de Danielle Campos - Coordenadoria de Comunicação Social