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SAÚDE
HUGV-Ufam realiza lançamento do Núcleo de Saúde Digital e Telessaúde e projeto de Telessaúde Indígena
Atendimentos por telessaúde no HUGV levam atendimento às mais distantes áreas da amazônia
Manaus (AM) – O Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ofertará ações de telessaúde aos municípios e comunidades indígenas no estado do Amazonas. O lançamento do Núcleo de Telessaúde e do projeto de extensão “Telessaúde Indígena”, acontecerá às 9h, do dia 14 de junho, no auditório da instituição, localizado no 4º andar. O projeto Telessaúde Indígena é uma das ações do Núcleo e é fomentado pelo Ministério da Saúde através da Secretaria de Informação e Saúde Digital, com valor final de cerca de R$ 8 milhões para dois anos de execução. O funcionamento do Núcleo visa o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A solenidade de lançamento terá transmissão online pelo canal UFAM, no YouTube (https://www.youtube.com/live/2m6W59NjgKk).
O projeto Telessaúde Indígena tem como objetivo principal oferecer ações de telessaúde aos municípios, comunidades ribeirinhas e povos indígenas do Amazonas. Essas ações consistem em teleassistência completa, ou seja, teleconsulta/teleinterconsulta e telediagnóstico. O Hospital irá ofertar essas ações em diversas especialidades como Cardiologia, Endocrinologia, Neurologia, Pneumologia, Dermatologia, Neuropediatria, Pediatria, dentre outras.
Serão atendidos os 62 municípios do estado do Amazonas, especialmente os territórios indígenas, ou seja, os sete Distritos Sanitários Indígenas existentes no estado. Conforme informou o médico Pedro Elias Souza, chefe da Unidade e-Saúde HUGV e vice-coordenador do Projeto, do ponto de vista do Ensino e da Pesquisa, diversas atividades de teleducação em saúde também estão previstas no âmbito do projeto, e serão voltadas para os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária em Saúde nos municípios do interior e na saúde indígena. Ele também informou que no HUGV já existe um Grupo de Pesquisa em Telessaúde em desenvolvimento.
De acordo com o superintendente do HUGV e coordenador do projeto Telessaúde Indígena, Juscimar Carneiro Nunes, trata-se de uma intervenção social da instituição, visando a melhoria da qualidade de vida das populações sem acesso a serviços de promoção à saúde. “São ações a nível secundário e terciário por intermédio de métodos digitais e Telessaúde que visam trazer a inclusividade do SUS a localidades remotas da Amazônia”, completou.
Para o médico Pedro Elias (Unidade e-Saúde/HUGV), a importância dessa modalidade de atendimento em uma região com enormes barreiras de acesso geográfico e populações que vivem em situação de isolamento em alguns territórios, a oferta de serviços de saúde, através da utilização de tecnologias digitais de comunicação e informação (telessaúde), é absolutamente estratégica. “Além de permitir atendimento de qualidade a esses cidadãos brasileiros, diminui remoções desnecessárias e reduz custo para o erário. Enfim, respeita os preceitos constitucionais de oferta de saúde universal, equânime e digna, sobretudo aos povos da Amazônia Brasileira”, disse Pedro Elias.
Contextualizando
O estado do Amazonas possui mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de extensão territorial. Isto equivale a quase 18% do território nacional, além de possuir em seu vasto território, a maior bacia hidrográfica e a maior floresta tropical do planeta. Além disso, possui uma densidade demográfica baixa e enormes barreiras de acesso geográfica, além de disparidades históricas do ponto de vista populacional e de acessibilidade.
A capital do estado, Manaus, se encontra em até 1.200 km distante de algumas cidades. Atualmente, Manaus concentra praticamente 100% das ações de média e especialmente de alta complexidade em saúde. Isto implica em enormes vazios assistenciais nos demais territórios do Amazonas. Grande parte da população não tem acesso a serviços elementares de saúde, sobretudo no âmbito público.
Sobre a Rede Ebserh
O HUGV-Ufam faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.