Notícias
INOVAÇÃO
Entrada do HUGV no Mercado Livre de Energia combinará economia e sustentabilidade
HUGV-Ufam está entre os hospitais universitários federais que aderiram ao processo conduzido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para ingressar no Mercado Livre de Energia (MLE)
Manaus (AM) – O Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam), está entre as unidades que aderiram a um processo conduzido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para aliar economia e sustentabilidade. No final de abril, a Ebserh deu início ao ingresso no Mercado Livre de Energia (MLE), através de processo licitatório para contratar comercializadora de energia com interesse na aquisição de até 15,29 megawatt médio (MW). Esta etapa já foi concluída e o fornecimento da energia sob esta nova modalidade deverá ser efetivado nos hospitais universitários geridos pela estatal no final de 2024.
A adesão ao MLE contempla o HUGV e demais unidades hospitalares da Ebserh em todas as regiões do país, ou submercados, termo utilizado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) para se referir à divisão regional dentro do sistema de energia elétrica. Com a implementação da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), que abre o mercado livre de energia para todos os consumidores do Grupo A, 51 unidades consumidoras dos hospitais universitários federais entrarão nesse processo.
Com a participação no MLE, a Ebserh projeta uma economia de cerca de 30% ou R$ 160 milhões em cinco anos. Ao optar pelo fornecimento de energia por fontes renováveis, a empresa pública poderá obter o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), sistema global utilizado por várias empresas que comprova o fornecimento de energia por uma fonte renovável.
No HUGV, que terá duas unidades consumidoras, a expectativa de economia é de R$ 9 milhões em cinco anos.
“Teremos um grande ganho com a contratação de uma empresa pertencente ao Mercado Livre de Energia, considerando que essa contratação trará uma redução significativa nos valores do quilowatt hora contratados em comparação aos valores contratados com a concessionária, trazendo como perspectiva de redução de 30 por cento na fatura, gerando uma economia anual de R$1.800.000, recurso que poderá ser aplicado em outras necessidades desta instituição, como, por exemplo, na aquisições de mais medicamentos, produtos para saúde, bem como na melhoria de outros serviços que são de extrema necessidade para o funcionamento das instituição”, explicou o chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura hospitalar do HUGV/Ebserh, Flandomberton da Silva Miranda.
Ele acrescenta ainda que, com essa contratação, o HUGV-Ufam/Ebserh vai utilizar energia de fontes renováveis, evidenciando o compromisso da empresa na descarbonização.
Compromisso com a sustentabilidade
No âmbito dos hospitais universitários, a Ebserh vislumbra economicidade e, ainda, o alinhamento com a promoção da sustentabilidade ambiental expressa no seu mapa estratégico 2024-2028. Para os participantes do processo, os ganhos serão em escala, graças ao grande número de unidades consumidoras e de grande porte que a empresa possui.
Também chamado de Ambiente Livre de Contratação (ACL), no Mercado Livre de Energia, o consumidor negocia diretamente com o fornecedor, sem o intermédio de uma distribuidora, o que permite economia em tarifas, ajustes conforme demandas e necessidades, negociação de prazos e diversificação de fontes renováveis de geração, cujo produto energético pode ser adquirido de vários lugares do país.
O edital e mais informações sobre o processo licitatório estão disponíveis neste link.
Sobre a Rede Ebserh
O HUGV-Ufam faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Mary Rodrigues, com revisão de Alexandra Jacome.