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Notícias
O mês de julho traz, além do período de férias, o verão amazônico e uma procura maior por locais de grande circulação de pessoas com acesso às praias, piscinas e parques aquáticos. Pensando nisso, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informa que os cuidados básicos com os ouvidos, nariz e garganta devem ser redobrados e incorporados à quebra de rotina regular dos usuários desses espaços, para que o divertimento não ocasione, ou agrave, complicações de saúde.
Prevenção
Vai sair de férias? O recomendável é que, antes de viajar, busque um atendimento preventivo com um otorrinolaringologista, sobretudo neste período do ano, com alta intensidade de radiação solar e maior proliferação de bactérias. Com a prevenção, poderá identificar se há, ou não, a presença de rolha de cerume obstrutiva nos ouvidos, sinais de rinite alérgica ou checar qualquer sensação de dor ao engolir os alimentos (odinofagia) e impedir que uma enfermidade estrague as merecidas férias. Ressalta-se que qualquer queixa de coceira mais intensa, de alterações na voz, ou de coriza que gere desconforto, já indica a necessidade de buscar um médico especialista.
Infecção
Gosta de tomar banho de piscina, de igarapé ou de mar? Atenção. Normalmente no verão aumentam os casos de otite externa, infecção popularmente conhecida como “ouvido de nadador”. Apesar do nome, não é necessário nadar regularmente para obter essa enfermidade, como cita a otorrinolaringologista do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/EBSERH), Dra. Jussandra Cardoso Rodrigues. Nesse contexto, as bactérias que colonizam a pele do conduto auditivo tendem a se multiplicar mais facilmente em condições úmidas e quentes.
Portanto, após o mergulho, recomenda-se que os usuários sequem os ouvidos com um pano seco e limpo. Sendo contraindicado o uso de cotonete, ou lenço de papel, visto que podem machucar a pele do conduto auditivo, alerta a Dra. Jussandra.
Além disso, para evitar crises de rinite a orientação é evitar a exposição aos agentes provocadores de alergia pelo ar
(aeroalergenos), como a fumaça do cigarro. Já as queixas de infecção de garganta (faringolaringológicas) associam-se a hábitos como a alta ingestão de bebidas alcoólicas e cafeinadas. Dessa forma, além do baixo consumo dessas substâncias, é indicada a hidratação constante e uma alimentação saudável para, inclusive, evitar a constipação.
Orientações
Ao viajar, as pessoas podem recorrer a procedimentos caseiros para sanar algum desconforto nos ouvidos, no nariz ou na garganta. Nesse contexto, a otorrinolaringologista do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA), Dra. Jussandra Cardoso Rodrigues, esclarece dúvidas recorrentes dos usuários:
“A água do mar pode limpar o nariz?”. Sim. Contudo ressalta-se que a água do mar tem um padrão hipertônico, com grande concentração de sal. Para a limpeza nasal adequada, recomenda-se o uso do soro fisiológico.
“Posso limpar o ouvido com cotonete?” Não. Essa prática tem o risco de ocasionar um trauma local, podendo causar perfuração timpânica, infecção ou perda auditiva.
“Inalação a vapor com eucalipto ajuda em casos de sinusite?”. Sim. No óleo de eucalipto (OE) existem efeitos antimicrobianos contra bactérias, vírus e fungos. Contudo, essa prática é de caráter apenas complementar. Ou seja, o seu uso é somente parte de um tratamento maior.
“Entrou água no meu ouvido, posso usar álcool?”. Não. O uso de qualquer substância no interior do ouvido deve ser por recomendação médica.
Sobre a Ebserh
A Rede Ebserh é formada por hospitais universitários federais, campos de prática para formação de profissionais de saúde, que compõem a Rede de Atenção à Saúde do SUS. O propósito da Ebserh é ensinar para transformar o cuidar. Os hospitais universitários federais não são responsáveis pelo atendimento e nem por gerar oferta de toda a necessidade de atenção à saúde da região, sendo esta responsabilidade das secretarias de saúde.
Texto: Victor Hudson – Jornalista CHU-UFPA/EBSERH
Com informações da Unidade de Otorrinolaringologia (UNIOT) do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/EBSERH).