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Participação
Políticas de humanização na Mejc e Huab valorizam a presença dos pais
Natal e Santa Cruz (RN) – A máxima que diz: “não basta ser pai, tem que participar” se faz presente no dia a dia da Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC) e do Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab), ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e vinculados a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Essas instituições oferecem uma série de ações de humanização, com o intuito de estimular a presença dos pais em todos os momentos da gestação, da preparação para o parto até a alta. E por ocasião do Dia dos Pais, essas iniciativas são destaque e mostram a importância da participação do pai nesse processo.
Pai Canguru
Por meio dessa atividade os pais são estimulados a participar de todos os momentos do cuidado, como o contato pele a pele proposto pelo Método Canguru, que é uma técnica de atenção ao recém-nascido de baixo peso. Na MEJC, os pais são incentivados a terem um contato maior com os bebês, recebendo orientações sobre cuidados e manuseio do recém-nascido, como dar banho, trocar a fralda e colocá-lo na posição vertical após ser alimentado.
Para Tadeu Santos, publicitário e pai de primeira viagem a sensação de ter o filho no colo é inexplicável. "Ter o meu filho no colo é um sonho realizado, carregando ele na posição Canguru, tive a sensação de que o meu coração batia junto ao dele, o calor do corpo dele ao meu, a sensação de proteção é maravilhosa!! Com certeza vou aderir ao Método Canguru dando continuidade em casa também", afirma.
O Método Canguru foi implantado em 2009 na MEJC, mas o estímulo para que o pai tenha mais contato com o bebê passou a ser feito a partir de 2018. O Método Canguru é um modelo de assistência humanizada ao recém-nascido prematuro e à sua família. Faz parte do método o contato pele a pele, que começa de forma precoce e crescente: desde o primeiro toque até evoluir para a posição canguru.
“Inicialmente, os pais se apresentam inseguros, no entanto, à medida que vão participando, aprendendo, envolvendo-se nos processos, a receptividade é muito boa,passando a ser bem colaborativa. Ao ser incentivado a fazer o contato pele a pele na posição canguru, o pai dá o colo e o calor que o bebê precisa, ajudando a mãe a conseguir descansar”, comenta a pediatra da MEJC, Geisa Chaves.
Segundo a médica, o trabalho desenvolvido na Maternidade é muito importante porque promove o acolhimento e a inclusão do pai na relação do binômio mãe-bebê. Com isso, a responsabilidade no cuidado do bebê é compartilhada com o pai, tornando-o consciente e ativo no processo e reforçando a estrutura familiar.
Ter um companheiro presente, que assume responsabilidades, faz toda a diferença para a mãe e o bebê. “A presença do pai, de forma ativa, no período de internação, que normalmente é prolongado na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (Ucinca), proporciona um apoio emocional para a sua mulher, que vive uma tempestade de emoções, trazendo o sentimento de acolhimento, companheirismo e amor”, afirma Elisa Sonehara, fisioterapeuta da Enfermaria Canguru da MEJC.
Para a profissional, isso se reflete em tranquilidade para a mãe (favorecendo a produção do leite materno), em estabilidade emocional e no empoderamento da capacidade do cuidado do recém-nascido prematuro ou de baixo peso.
Diálogos com Acompanhante
A assistente social do Huab, Jaciclelma Márcia da Silva, destacou, entre as ações de humanização e de incentivo ao papel do acompanhante, o projeto de extensão Diálogos com Acompanhante. “O projeto abre seu momento dialogando com os e as acompanhantes sobre as experiências vividas, esclarecendo dúvidas e prestando orientações durante o processo de hospitalização que envolve tanto as mães, os pais ou responsáveis pelas crianças, quanto as puérperas e seus acompanhantes”, disse.
Com estas oportunidades criadas pelos hospitais universitários, pais e acompanhantes têm espaço para exercer a paternidade e enfrentar as dificuldades que o processo impõe para os casais.
Sobre a Ebserh
O Huab-UFRN e a MEJC-UFRN fazem parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.