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Novembro Roxo
MEJC realiza Semana da Prematuridade, com palestras, oficinas e debates sobre prevenção e cuidados
Um em cada quatro nascimentos na Maternidade Escola Januário Cicco, unidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), vinculada à Rede Ebserh, ocorre até 37 semanas de gestação, o que caracteriza a prematuridade.
Para chamar a atenção da sociedade sobre como prevenir o parto prematuro e lidar com bebês nascidos precocemente, a MEJC realiza, a partir da próxima quarta-feira (17) - Dia Mundial da Prematuridade - até a sexta-feira (19), a Semana da Prematuridade.
O evento contará com a realização de mesa redonda, tendo como tema principal o papel da família e a assistência humanizada ao recém-nascido de baixo peso, palestras que abordarão temáticas voltadas para a prematuridade, o desenvolvimento neuropsicomotor e a importância do aleitamento materno, além da realização de oficinas de sensibilização com profissionais e uma atividade especial voltada para os genitores dos recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA) da MEJC.
Somente em 2020, 1.204 bebês prematuros nasceram na MEJC, uma das maiores maternidades públicas do Norte e Nordeste, referência na gestação de alto risco no Rio Grande do Norte. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que a prematuridade ainda é a principal causa de mortalidade infantil no mundo. Um outro dado, desta vez do Ministério da Saúde (MS), mostra que, no Brasil, cerca de 12% de todos os partos ocorrem antes do tempo.
Segundo a ginecologista e gerente de atenção à saúde da MEJC, Maria da Guia de Medeiros Garcia a melhor forma de evitar a prematuridade é realizar um pré-natal adequado. “A chave para evitar o parto prematuro é o um pré-natal de qualidade, com no mínimo seis consultas, acesso aos exames e a uma maternidade no momento adequado. Em casos de pré-natal de alto risco a paciente deve ser encaminhada para um ambulatório específico”, afirma.
Confira a programação completa do evento aqui.
A Campanha
Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade e o objetivo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los, e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e para a sociedade.
A campanha do Novembro Roxo acontece durante todo o mês, mas concentra suas ações, principalmente, no dia 17, Dia Mundial da Prematuridade. O roxo é a cor símbolo da causa da prematuridade.
O roxo foi escolhido por simbolizar sensibilidade e a individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro.
Neste ano, o foco da campanha é a separação zero entre mãe e bebê prematuro, ou seja, permitir que a mãe tenha condições de ficar internada para acompanhar o filho prematuro o tempo todo e que o pai também tenha livre acesso.
Devido a pandemia da Covid-19, foi restrito o livre acesso do pai. Por ser uma instituição pública, a MEJC permite que a mãe fique internada junto com seu filho, quando ele passa a ficar na enfermaria Canguru ou no alojamento de mães acompanhantes, quando o recém-nascido precisa dos cuidados da UTI Neonatal.
Ambiência
A UTI Neonatal da MEJC, composta por 23 leitos, recebeu uma nova ambientação, que proporcionou uma atenção ainda mais acolhedora e humana aos bebês prematuros internados na unidade e consequentemente aos profissionais que atuam diretamente na assistência dos recém-nascidos.
As duas alas da UTI Neonatal receberam adesivos decorativos com temas relacionados ao fundo do mar nas paredes, tornando o ambiente mais leve e acolhedor e, uma das alas, passou por uma pequena reforma recebendo novo revestimento de piso.
A ação fruto da colaboração e empenho da equipe de profissionais que compõem a unidade, marca o início da programação do Novembro Roxo na MEJC.
Sobre a Rede Ebserh
A MEJC faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde agosto de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido à essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.