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I Congresso Brasileiro discutiu inovações na área da saúde da mulher
Natal (RN) – O I Congresso Brasileiro em Ciências e Inovação Tecnológica Aplicadas à Saúde da Mulher foi realizado nos dias 11 a 13 de abril. O evento teve como objetivo reunir alunos de pós-graduação, pesquisadores, preceptores e residentes para discutir temas multidisciplinares na área da saúde da mulher, além de abordar avanços nas pesquisas e inovação tecnológica para a área. Promovido com recursos do Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o congresso foi organizado em parceria pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPgCASM/UFRN) e pela Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN), vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A coordenadora do Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher, Janaina Crispim, explicou que “o mestrado acadêmico funciona dentro da MEJC, inclusive a coordenação fica na Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP), fortalecendo a parceria para a organização do evento”. Durante o evento, foram realizados diferentes minicursos, palestras científicas e mesas redondas multiprofissionais com discussões voltadas para Up to Date e Guiderlines. “O Congresso Brasileiro foi um marco para o estado e para os alunos de pós-graduação, preceptores e residentes em diferentes modalidades profissionais; gerou a criação de indicadores de qualidade para o ensino e a pesquisa e, consequentemente, qualificar nossa assistência”, ressaltou Janaina.
Além disso, foram premiados os dois melhores trabalhos voltados para saúde da mulher, ambos desenvolvidos na MEJC e de grande relevância para a área da saúde feminina. Os temas premiados abordam os dois tipos de câncer que mais causam mortes em mulheres no Brasil, fornecendo dados importantes para discussões na comunidade científica.
O trabalho “Tendências temporais da Mortalidade por Câncer de Mama no Brasil e Regiões no período de 2000 a 2021” foi realizado pela servidora Ebserh e doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Juliana Dantas Camargo, sob orientação da docente Ana Katherine. O objetivo foi analisar o padrão temporal da mortalidade por câncer de mama no Brasil e Regiões no período de 2000 a 2021, visando contribuir para o delineamento de políticas públicas para a prevenção desse tipo de câncer.
O outro trabalho premiado foi o da aluna Jéssika Aline do Nascimento Medeiros, intitulado “Caracterização do Perfil Th1, Th2 e Th17 e do Polimorfismo gênico de Pacientes com Câncer Cervical”, que ganhou na categoria do melhor trabalho do Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher. Jéssika contou com a orientação da docente Janaina Crispim Freitas e co-orientação da docente Deyse Dantas, e avaliou a resposta imune Th1, Th2 e Th17 em pacientes com câncer de colo uterino. O estudo buscou identificar possíveis marcadores úteis para bloquear a progressão das lesões intraepiteliais cervicais e a evolução para o câncer de colo uterino.
“Apesar da vacina e do exame de Papanicolau serem decisivos para combater o câncer de colo de útero, no Brasil e nos países da América Latina com baixo IDH os números de câncer de colo de útero só continuam crescendo. É urgente que precisamos descobrir, por meio da pesquisa científica, possíveis marcadores que possam predizer diagnóstico, prognóstico e tratamento dessa entidade”, destacou Janaina. Assim, os trabalhos premiados demonstram a importância da pesquisa na área da saúde da mulher e contribuem significativamente para o avanço do conhecimento científico e para a melhoria da qualidade de vida das mulheres.
Sobre a Ebserh
A MEJC-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andreia Pires, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh