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Dirigentes destacam papel de vanguarda da MCO-UFBA na construção de políticas públicas e no cuidado humanizado
SALVADOR (BA) – As pessoas integrantes da mesa de abertura da V Jornada Científica da Maternidade Climério de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia (MCO-UFBA), realizada nesta quarta-feira (30), destacaram o papel da instituição na construção de políticas públicas, na vanguarda em pesquisa e inovação, na atenção humanizada à mulher, ao bebê e à família, na formação de pessoal qualificado e na busca constante de uma assistência de excelência. A MCO-UFBA é vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A jornada, que foi aberta por representantes da Maternidade, da Universidade, da Ebserh e do Ministério da Saúde, teve como tema este ano “Cuidados Paliativos Perinatal”. A atividade faz parte das comemorações dos 114 anos da instituição, que é a maternidade mais antiga do Brasil. Inaugurada em 30 de outubro de 1910 no bairro de Nazaré, em Salvador-BA, a MCO-UFBA é espaço de formação de profissionais da área de saúde e responsável pela assistência nas áreas de Obstetrícia, Neonatologia e Saúde Perinatal na região.
A superintendente da MCO-UFBA, Sinaide Coelho, elogiou a equipe da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) pela realização do evento e fez questão de parabenizar todas as pessoas que trabalham na instituição. “São muitos anos de história, acima de tudo construindo conhecimento e contribuindo para prestar uma assistência qualificada”, disse a gestora, ressaltando a importância de participar de uma comemoração durante um evento cujo ponto forte é justamente a transmissão do conhecimento.
Ela fez questão também de citar a importância do tema do evento. “A equipe de cuidados paliativos que vem se dedicando a este serviço, produzindo o melhor que pode ser dado em termos de assistência à população, entendendo que a própria complexidade da vida nos leva a pensar diferente, de acordo com cada necessidade. É isso que faz a diferença”, afirmou.
A diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado, disse que os trabalhos da MCO-UFBA na área de cuidados paliativos são exemplos da contribuição da instituição na elaboração de políticas públicas para todo o Brasil. “Parabenizo a instituição pelos seus 114 anos de história, sempre contribuindo para o Brasil e para o Sistema Único de Saúde tanto na formação de pessoal quanto na elaboração dessas políticas”, disse.
Ela afirmou que a discussão sobre os cuidados paliativos, em toda a rede, passa pelos debates e pelos trabalhos que estão sendo realizados na maternidade. “Parabenizo a equipe pela escolha do tema, que pede compromisso, empatia e que envolve momentos difíceis na vida das pessoas que estamos cuidando, pede um olhar ampliado em relação a outros momentos do cuidado”, disse Lumena Furtado.
A diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação da Ebserh, Cristina Carvalho Santos Melo, também parabenizou a equipe da maternidade pelos 114 anos e pelo tema escolhido para a jornada científica. “É fundamental falar de cuidados paliativos hoje, um tema que vai ser cada vez mais abordado e que atualmente tem um novo foco. Hoje, falamos de cuidados paliativos de uma forma ampla, no sentido do cuidado e da qualidade de vida não só dos pacientes, mas de todos os entes queridos e das pessoas que estão em volta do cuidado”, explicou.
A coordenadora da Comissão Nacional dos Cuidados Paliativos do Ministério da Saúde, Aline de Oliveira Costa, falou sobre a importância das iniciativas da Climério de Oliveira como contribuição para troca de experiências com as demais instituições de saúde. “Contamos com vocês nestas discussões para qualificar a atenção hospitalar, o parto, a assistência à mulher e ao bebê e o planejamento reprodutivo. É importante ter este intercâmbio para que a gente possa aprender juntos e fortalecer os serviços públicos do país”, resumiu.
O superintendente do Sistema Universitário de Saúde da UFBA, Roberto Meyer, falou sobre a importância da MCO-UFBA na formação de profissionais de saúde e também fez questão de destacar a importância do tema do evento. “Este tema é sem dúvida uma área que passou a ter uma força maior nos últimos anos e tem crescido bastante. Um evento como este na maternidade é um orgulho para a UFBA”, disse.
Após os discursos de abertura, foi feita uma homenagem ao bolsista André Carlos Costa, que apresentou o projeto vencedor do Programa de Iniciação Científica (PIC) da Ebserh, com um trabalho sobre fatores clínicos e nutricionais associados à restrição de crescimento extrauterino em prematuros.
De acordo com o gerente de Ensino e Pesquisa da MCO-UFBA, Carlos Menezes, o evento, realizado nesta quarta, atraiu mais de 500 inscritos. A programação científica começou com uma aula magna sobre políticas públicas de cuidados paliativos no Brasil e uma palestra sobre cuidados paliativos perinatal na MCO-UFBA.
A programação incluiu, ainda, uma palestra sobre cuidados paliativos na Obstetrícia, conceitos e indicações de cuidados paliativos, palestras sobre comunicação de notícias difíceis e luto perinatal e intercâmbio de experiências. Também foram incluídas as palestras “Quando os Profissionais choram”, “Cuidados Paliativos na Neonatologia”, “Entre o Olá e o Adeus”, “Bioética e Cuidados Paliativos na Neonatologia”, “Construção de Legado”, “Conversando com uma História” e “E quando o Luto é do Homem?”.
De acordo com a chefe do Setor de Gestão do Ensino da MCO-UFBA, Josaildes Antunes, a jornada científica já se tornou uma tradição nas comemorações do aniversário da maternidade, trazendo assuntos de interesse da comunidade científica. A edição de 2023 trouxe debates e palestras sobre o cuidado à pessoa transgênera, enquanto a terceira jornada, em 2022, teve como tema “Ensinando para melhor assistir”. A segunda jornada, na comemoração dos 111 anos, teve como foco a integração entre ciência e assistência e a primeira, em 2020, trouxe temáticas como atenção ao pré-natal, parto e puerpério e cuidados a gestantes e recém-nascidos de risco habitual e de alto risco.
Sobre a Ebserh
A MCO-UFBA faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Sinval Paulino
Coordenadoria de Comunicação Social