Hupes-UFBA promoveu terceira edição do Simpósio Internacional em Onco-hematologia e Transplante de Medula Óssea

O chefe da Unidade de Hematologia e Hemoterapia do Hospital, Edvan Crusoé, destacou que o Simpósio tem grande significado para o serviço e para a comunidade que o utiliza. “Somos uma unidade complexa e expor o que realizamos para evidenciar nossas atividades ao público de saúde do hospital tem muita importância como unidade”, além de ser uma oportunidade para “integrar a equipe e estender o sentimento de pertencimento do trabalho realizado”. Ainda conforme ele ressaltou, este é o único serviço que realiza transplante de medula óssea na Bahia. 

Temas abordados 

A palestra magna de abertura foi conduzida por Luiz Gonzaga Catto, diretor geral da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba), que comentou ter sido “uma oportunidade muito interessante de ter apresentado dados e a evolução da hemoterapia na Bahia”. 

Durante a manhã, ainda aconteceram as palestras sobre “Linfomas T: cenário latino-americano”, com Talita Maira Silveira, médica coordenadora do Ambulatório de Linfoma de Hodgkin da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; “Desafios da enfermagem em Onco-hematologia: vivência em um centro europeu”, com Luana Lima, enfermeira; a mesa-redonda “Captação de doadores de sangue”, moderado pela Darci Barbosa, enfermeira do Hupes-UFBA, e tendo como palestrantes Clarissa Lima, hematologista do Hupes-UFBA, e a assistente social Tarsila Castro, do Hemoba. Tarsila informou que a Unidade móvel para coleta de doação de sangue estará disponível no Hupes-UFBA entre os dias 5 e 8 de novembro. E, encerrando as atividades da manhã, o tema “Uso racional do sangue: perspectiva na medicina intensiva e cirúrgica”, com Rodrigo Silva Gomes, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hupes-UFBA. 

À tarde, a programação seguiu com as palestras sobre “Mieloma múltiplo e Car-T Cell”, com Ângelo Maiolino, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. O palestrante destacou que o Simoht reforçou a relevância da atuação multiprofissional na área. Em sua apresentação, abordou o que existe de mais inovador em terapias: “Falei um pouco dos tratamentos mais inovadores no contexto do mieloma múltiplo. Lembrando que a questão do acesso permanece sendo um dos nossos grandes desafios. Temos muita inovação, mas é fundamental tentar equilibrar os sistemas público e privado, um dos grandes desafios, para que todos os pacientes tenham acesso ao tratamento mais eficaz”, afirmou Ângelo. 

Também foram discutidos os temas sobre “Dor crônica em pacientes onco-hematológicos: desafios para atuação  do fisioterapeuta”, com Achilles Nunes, fisioterapeuta do Hupes-UFBA; “Doação voluntária de medula óssea: cenário atual e desafios”, com Alessandro Moura, médico hematologista; a mesa-redonda sobre “Hemovigilância: reações transfusionais e notificações”, moderado por Alinne Nogueira, enfermeira do Hupes-UFBA, e por Maurício Chaves, hematologista do Hupes-UFBA, com os palestrantes Marcos Chaves e Darci Barbosa; “Autonomia do paciente: da recusa terapêutica aos cuidados paliativos”, ministrada por Alini Orathes Ponte, geriatra e paliativista, e Camila Vasconcellos. Encerrando a programação, a palestra sobre “Diálogo musicado: cuidando de quem cuida”, com Valney José, psicólogo. 

Para a congressista Larissa Santos, biomédica e analista sênior do Hospital Ortopédico do estado da Bahia, cada tema abordado no Simpósio trouxe aspectos relevantes sobre o campo da hemoterapia. “O evento atendeu às expectativas e foi um momento para que as pessoas trocassem experiências, revisitassem a história da hemoterapia e pudessem entender o cenário atual da doação e do transplante de medula óssea”. 

Sobre a Ebserh  

O Hupes-UFBA faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.  

Por Marília Rêgo
Coordenadoria de Comunicação Social