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O objetivo é conscientizar a sociedade sobre as hepatites virais
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes participa de campanha pela saúde do fígado
Maceió-AL– “Parecia uma virose, mas era, na verdade, hepatite”. Esse é um relato muito comum entre os pacientes diagnosticados com hepatite, uma infecção que pode se desenvolver silenciosamente e apresentar complicações graves se não diagnosticada e tratada precocemente. As hepatites atingem um órgão fundamental para o organismo humano: o fígado, responsável pelo metabolismo, armazenamento de nutrientes e desintoxicação. Por isso, Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-UFAL) o, filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), evidencia sinais de alerta.
Neste mês, a campanha nacional Julho Amarelo busca ampliar a conscientização sobre os diversos tipos de hepatites virais: A, B, C, D e E. No Brasil, as três primeiras são as mais prevalentes. Essas infecções podem passar despercebidas por longos períodos, aumentando o risco de danos irreversíveis ao fígado, como cirrose e câncer hepático.
No Brasil, segundo dados de 2023 do Ministério da Saúde, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C, mas ainda sem diagnóstico e tratamento da doença. Por isso, é importante estar atento aos sinais de alerta, que incluem cansaço, febre, mal-estar, dor abdominal, além de pele e olhos amarelados. Muitas vezes, porém, nenhum sintoma é notado nos pacientes.
Para contribuir com a causa, o HUPAA-UFAL participa da campanha. A UDIP e a CIPA realizarão neste mês de julho duas atividades. No dia 25/07, das 7h às 12h, será realizada uma ação de sensibilização no Hall de entrada do Hupaa onde serão oferecidos testes rápidos, orientações e distribuição de materiais educativos e preservativos. Já no dia 29/07, às 8h da manhã, no miniauditório I, será realizado um seminário sobre Hepatites Virais, com as especialistas Juliana Brasil e Leila Tojal.
Sinais de alerta
As hepatites virais são inflamações no fígado provocadas por diversos vírus. No Brasil, os tipos mais prevalentes são A, B e C. Os principais sinais da infecção são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras, em intensidades que variam de leve a grave. Muitas vezes, porém, nenhum sintoma é notado nos pacientes.
Tratamento no SUS
O diagnóstico e o tratamento das hepatites virais são assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são administrados por via oral, com prescrição especializada. Os diagnósticos são feitos por meio de testes rápidos, sorológicos, e a infecção é confirmada por exames de biologia molecular.
A vigilância periódica é indispensável para identificação precoce e intervenção eficaz. O SUS também garante a vacinação desde a infância contra as hepatites A e B, essenciais na prevenção da cronificação da doença.
Erradicação e estatísticas
O Brasil assumiu o compromisso de eliminar 14 doenças, incluindo as hepatites virais, nos próximos sete anos. Em relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, foram diagnosticados 750.651 casos de hepatites virais no Brasil. Desse total, o maior percentual é de hepatite C (39,8%), seguido de hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%).
Em relação à mortalidade, de 2000 a 2021, foram 85.486 óbitos por hepatites virais. A infecção pelo vírus C é o de maior letalidade, concentrando 76,1% dos óbitos, seguido pela hepatite B (21,5%) e, muito abaixo, está a hepatite A (1,5%).
Mobilização
A campanha Julho Amarelo segue até o final do mês, com o objetivo de impactar positivamente a saúde pública e reduzir a incidência das hepatites virais por meio da informação e do acesso facilitado aos serviços de saúde.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes faz parte da Rede Ebserh desde XX. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por George Miranda e Rejane Lessa, com edição de Danielle Campos.
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh.