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Semana do Sono acontece até dia 19 chamando a atenção para o atendimento especializado
Para além do descanso, o sono repara funções de todos os sistemas corporais. Tal problemática ainda é negligenciada por grande parte da população, que ainda não relaciona o papel das disfunções do período noturno em outros âmbitos das suas vidas. Para chamar a atenção da sociedade em relação ao tema, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) aderiu à Semana do Sono, um conjunto de ações informativas que acontecem a partir de segunda-feira (13) até o dia 19, promovidas pela Associação Brasileira do Sono, Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e a Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS).
Um painel está exposto no Hall de entrada do HU, mostrando o papel do sono na preservação da saúde e qualidade de vida. São abordados temas como distúrbios do sono, sintomas e diagnósticos, e outros. Dentre os exames necessários, está a polissonografia. Trata-se de uma avaliação noturna não-invasiva, feita com o paciente dormindo e sendo monitorado com sensores posicionados em várias partes do corpo (cabeça, tórax e membros) avaliando variáveis eletrofisiológicas (atividades elétrica cerebral, cardiológica e muscular), respiratória, de movimento e ronco.
Na polissonografia, o paciente é observado durante toda a noite com uma câmera infravermelha para visualizar comportamentos anormais durante o sono. “Esse exame é considerado padrão ouro a nível internacional para avaliar, de forma geral, os distúrbios em relação ao sono porque, além do monitoramento das variáveis fisiológicas, existe o acompanhamento e observação da técnica”, explica a otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono, Amanda Lira.
Após o exame, o especialista do sono direciona o usuário ao tipo de tratamento necessário e que pode requerer intervenções de outras especialidades ou outras áreas da saúde como odontologia, fonoaudiologia e psicologia.
Os pacientes que procuram o exame vêm muitas vezes devido a relações sociais prejudicadas (incomodando parceiro(a)s e familiares) ou problemas como sensação de falta de ar ou engasgos durante o sono, sintomas diurnos como sonolência, cansaço e falta de disposição. “Há também os que não sabem que têm uma alteração do sono, mas vêm porque foram encaminhados por outras especialidades como cardiologia, psiquiatria, neurologia e endocrinologia, porque a disfunção do sono pode desencadear ou agravar doenças em vários sistemas do corpo”, complementa a especialista.
O HU dispõe de atendimento especializado em medicina do sono e os agendamentos são feitos por encaminhamento via Complexo Regulador Assistencial de Maceió (Cora) ou por outra especialidade dentro do próprio Hospital Universitário.
Raoni Santos
Jornalista
HUPAA-UFAL