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Roda de conversa discutirá “direitos das mulheres e tipos de violência” no dia 9 de março
A programação do dia internacional da mulher no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) terá, neste dia 9 de março, às 15h, a roda de conversa com o tema “direitos das mulheres e tipos de violência”, apresentada por profissionais da Unidade da Criança e do Adolescente (UCA): a psicóloga Vanessa Ferry, a terapeuta ocupacional Sarah Moreira e a assistente social Angelica Teixeira. A atividade é promovida pela UCA, em conjunto com a UMULTI e USM. O público-alvo é composto por mães e acompanhantes das crianças e adolescentes.
O diálogo faz parte de um ciclo que teve início na sexta-feira (03), cujo lema é " 8 de março por elas: Conquistas e Desafios", promovido pelo Setor de Psicologia e Serviço Social da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo), Unidade de Cuidados Intermediário Canguru (UCINCa), UTI e UCI Neonatal. No primeiro encontro, a soldado da Polícia Militar, Rafaela Carla Ambrósio, que integra a Patrulha Maria da Penha de Maceió, foi a mediadora de uma roda de conversa sobre violência contra a mulher. Para ela, é fundamental que a rede de proteção esteja bem articulada para combater esse tema. “Disseminá-lo no hospital é importante, porque ele é uma porta de entrada e recebe mulheres que estão no local exatamente por conta da violência, No entanto, elas estão silenciadas por sentirem medo”, acrescenta.
Casos de violência contra a mulher, seja ela do público externo quanto interno do Hospital Universitário, podem ser informados ao serviço social. “Infelizmente é uma epidemia e também acontece com os profissionais, não apenas com mães que estão no hospital, mas mães em outras unidades de saúde e de outras profissões: enfermeira, assistente social, médico, às vezes é até mais difícil porque é uma violência velada e as vítimas não querem se expor”, detalha a assistente social do HU, Michelline Freire.
No dia 21, a programação se encerra com a roda de conversa com o tema “Tecendo a Rede no Enfrentamento a Violência Contra à Mulher”, com a terapeuta ocupacional, Maria Helena Xavier, e as assistente sociais Michelline Freire e Maria Zenaide Siqueira, tendo como público-alvo mães da UCINCa, que construirão um painel sobre os mecanismos de proteção que atendem a mulher vítima de violência, trabalhando mitos e verdades.
PARCERIA
Ao identificar situações de violência doméstica, a equipe multidisciplinar do HUPAA entra em contato com a Patrulha Maria da Penha através do telefone administrativo. De imediato, é encaminhada uma guarnição para saber averiguar o caso e dar encaminhamentos. Constatada a violência e que a vítima precisa de apoio, a patrulha fará, com ela, o boletim de ocorrência (B.O). Se necessário, pode ser também conduzida ao abrigamento. “O papel que o HU faz de identificação, sensibilização e acolhimento com essas mulheres é de extrema importância, porque com esse olhar a equipe as estimula a denunciar e nos contactar. Ela faz essa ponte entre a mulher e a Polícia Militar, para que ela seja acompanhada e sejam abertos horizontes, e possa ver que não está só e tem uma rede de apoio”, explica Rafaela Carla Ambrósio.
Raoni Santos
Jornalista
HUPAA-UFAL