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Há mais de 15 anos, Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) possui o Programa de Controle do Tabagismo, que fornece ajuda profissional especializada aos que desejam se livrar do vício em fumar. Para recepcionar a nova turma de tabagistas, foi realizado, na sexta-feira (17), um momento integrativo, explicando o funcionamento do programa e com uma palestra sobre o papel da educação física no tratamento. A ação objetiva mostrar aos usuários que eles não estão sós na luta contra o vício e percebam a existência de outras pessoas que compartilham do mesmo momento.
A pneumologista e coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo do HU, Seli Almeida, destacou a procura pelo tratamento como primeiro passo dado pelos participantes para se livrar de uma dependência que causa problemas tanto na saúde quanto em outros contextos. A jornada continua com a entrevista, seguida pelo tratamento de forma cognitiva-comportamental, a parte medicamentosa e a psicológica, junto com a educação física. “Quando o usuário entra para querer se tratar, é porque ele carrega um propósito, que é o de ter saúde, liberdade e sentir-se vitorioso, coisas tão importantes na nossa vida”, acrescenta.
O processo de dependência, de acordo com a farmacêutica do HUPAA, Simone Pachú, acontece através da nicotina, que estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor que passa a sensação de bem-estar. Para muitos pacientes, o cigarro pode funcionar como um companheiro, válvula de escape de problemas do dia a dia como estresse, por exemplo. “A longo prazo, isso traz problemas relacionados a AVC, infartos, cânceres e outras patologias. É interessante que os pacientes busquem alternativas para reduzir o estresse, como na prática de educação física, elevando níveis de neurotransmissores como serotonina, que ajuda pessoas com problemas de ansiedade e depressão”, explica.
O Programa de Controle do Tabagismo do HU é uma ação nacional executada no Hospital Universitário com o apoio do Ministério da Saúde, INCA e as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. A equipe multiprofissional conta com médico, farmacêutico, enfermeiro, assistente social, psicólogo e educador físico. Quem participa do Programa recebe suporte da terapia cognitiva comportamental, bem como o tratamento medicamentoso, que é aplicado de acordo as características do usuário.
Raoni Santos
Jornalista
HUPAA-UFAL