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SEGURANÇA
No dia mundial de conscientização da importância da adesão à prática, hospitais da Rede Ebserh reforçam iniciativa
Brasília (DF) - A correta higienização das mãos é uma simples e garante proteção contra várias doenças. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o dia 5 de maio como Dia Mundial de Higienização das Mãos, que este ano, tem como tema “Acelere a ação conjunta. Salve vidas, higienize suas mãos”.
Os hospitais da Rede Ebserh reforçam a iniciativa nesta sexta (5), nos quatro cantos do país, com o objetivo de comemorar a data e conscientizar os profissionais de saúde da importância de implementar e sustentar a ação de higiene das mãos em qualquer modalidade de assistência à saúde.
Certa da importância de priorizar a segurança e a qualidade do atendimento ao paciente, a estatal preconiza a correta higienização das mãos nos seus 41 hospitais universitários. Para isso, de acordo com as recomendações da Anvisa, três elementos são essenciais: antisséptico com eficácia antimicrobiana, técnica e tempo de higienização adequados, e adesão regular.
A enfermeira e chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte, Maria Letícia Braga, explica que a prevenção da transmissão de microrganismos pelas mãos pode ser realizada tanto com água e sabão, como com álcool 70%. Nas terapias intensivas da instituição, o índice de adesão à higienização é superior a 80.
“Sabonete e álcool são produtos básicos e baratos. Com relação ao sabonete, lembrar que ele tem que ser líquido, para que não tenhamos contato com o produto para não contaminar, e ser de boa qualidade para não causar lesões na pele. O álcool é mais eficaz que água e sabonete por ter um efeito residual nas mãos maior que o sabonete, ou seja, permanece nas mãos por um período um pouco maior, formando um ‘escudo protetor’ contra os microrganismos”, explicou.
O tempo médio de lavagem varia de 20 a 40 segundos, dependendo do produto utilizado. É importante friccionar ambas as mãos e lembrar de lavar entre os dedos também. Veja aqui o passo a passo.
Desafio
Criar o hábito e reforçar a importância da higienização das mãos no controle da infecção hospitalar é o maior desafio, segundo a farmacêutica Izelândia Veronese, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Para isso, a instituição realiza, há pelo menos uma década, a observação dos cinco momentos da higienização das mãos e investe constantemente em campanhas e capacitações direcionadas aos seus profissionais.
“Realizamos muitas capacitações e a higienização é um tema que está em todas elas. Temos o EAD ‘Higiene de Mãos’, disponível na plataforma 3C da Ebserh; além disso, consideramos que a observação dos 5 momentos de higienização das mãos nas unidades com feedback imediato aos profissionais é uma forma de sensibilizar e capacitar os profissionais”, enfatizou.
O percentual global de adesão à prática na instituição é de 70%. “O grande desafio no controle da infecção é desenvolver o hábito nos profissionais. É uma questão comportamental. O que observamos, na mesma unidade, são profissionais com as mesmas atribuições, mas há aqueles que higienizam as mãos em todos os momentos e os que não higienizam. Quem faz, faz sempre, mesmo na correria”, afirmou.
Quando lavar minhas mãos?
A higienização correta das mãos é uma das seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar infecções e ajudar a salvar vidas. Confira os cinco momentos:
1-Antes do contato com o paciente;
2- Depois do contato com o paciente
3- Antes da realização de um procedimento;
4- Após a exposição a fluidos corporais do paciente;
5- Depois do contato com áreas próximas ao paciente.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Luna Normand com revisão de Danielle Morais