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AÇÃO EDUCATIVA
No Dia Nacional da Rinite Alérgica, HULW-UFPB alerta sobre sintomas e tratamento da doença
João Pessoa (PB) – Congestão nasal, coriza, espirros, dor de garganta, cefaleia e, até mesmo, dificuldade para sentir cheiros e sabores. Esses são os principais sintomas da rinite alérgica, doença que afeta 30% da população. O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh) pretende alertar sobre o assunto em uma ação no Dia Nacional da Rinite Alérgica, 15 de setembro, nos turnos da manhã e tarde no Ambulatório da instituição.
Além da entrega de panfletos, a equipe vai prestar informações detalhadas sobre a patologia, como sintomas, formas de prevenção e de tratamento, explicando as melhores práticas para utilizar medicações, inclusive conscientizando sobre evitar a automedicação.
Iniciativa nacional da Associação Brasileira de Alergologia e Imunologia, a ação tem execução local da Liga Acadêmica de Alergologia da Universidade Federal da Paraíba (Lalergo – UFPB) em parceria com médicos alergologistas do Lauro Wanderley, sob coordenação da médica alergologista Zulmira Lopes. “Serão dois momentos em que iremos divulgar sobre a rinite alérgica para pacientes ambulatoriais do HULW, em especial àqueles do Ambulatório de Alergologia”, confirmou Zulmira, que também é docente da UFPB.
A rinite alérgica é uma doença inflamatória da mucosa nasal que se manifesta pelo contato do indivíduo com substâncias alérgenas que desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE), resultando em sintomas crônicos ou recorrentes.
“Esses alérgenos consistem em compostos comuns encontrados no meio ambiente, como pelos de animais, mofo, pólen, perfume, ácaros e a poeira doméstica. Até mesmo as mudanças bruscas de temperatura podem desencadear a exacerbação da rinite”, explicou o acadêmico de Medicina Rodrigo Ramalho, presidente da Lalergo.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergologia e Imunologia, a doença é mais comum em crianças com idade acima dos dois anos e atinge cerca de 26% dos pequenos. Em adolescentes, o percentual aumenta para 30% de prevalência nessa faixa etária.
Como identificar e tratar
Os sintomas principais são congestão nasal, coriza, espirros e prurido, mas também pode haver cefaleia, dor de garganta, irritação ocular e até mesmo dificuldade para sentir cheiros e sabores. Além disso, a rinite alérgica pode estar associada a outras condições como otite, asma, sinusite e conjuntivite. Rodrigo Ramalho esclarece que, dependendo da gravidade e da frequência das crises, a doença pode ser debilitante e causar grande impacto na qualidade de vida do indivíduo, com comprometimento do sono e das atividades diárias.
O principal tratamento é o controle ambiental com medidas como evitar ambientes com fumaças; manter os filtros de ar-condicionados sempre limpos; evitar bichos de pelúcia, estantes de revistas, caixas ou qualquer objeto que possa formar colônias de ácaros; não utilizar cortinas, tapetes, carpetes e almofadas; e deixar a casa sempre ventilada e com exposição ao sol.
“O tratamento inicia-se com as medidas de controle ambiental como profilaxia, e das medicações. Em casos específicos, podem ser necessárias a imunoterapia e a cirurgia corretiva. É imprescindível que, independentemente do tipo da rinite, todos os pacientes alérgicos façam o controle ambiental, ou seja, descobrir qual é o agente que causa a crise e diminuir ao máximo seu contato com ele”, explicou Ramalho.
A imunoterapia específica é indicada para pacientes não controlados com a farmacoterapia convencional, pacientes que não desejam fazer uso de medicação contínua ou aqueles nos quais os possíveis efeitos colaterais indesejados possam ser potencializados, além dos casos em que não é possível afastar o alérgeno.
“Deve ser realizada em pacientes comprovadamente sensibilizados através de testes cutâneos ou IgE específica, por profissionais capacitados (alergologistas) e em locais aptos a tratar eventuais reações sistêmicas”, disse o médico. Há também possibilidade de cirurgia que visa corrigir as alterações anatômicas nasossinusais crônicas associadas, no entanto, o procedimento é indicado em poucos casos, sendo rara a indicação em crianças.
Atendimento no HULW
O HULW oferece assistência especializada em alergologia e imunologia para diagnóstico e seguimento clínico da patologia. Para acessar o serviço, o paciente deve ser encaminhado por meio da Unidade Básica de Saúde onde é atendido. “É importante a realização de consulta com o médico alergologista e imunologista para a solicitação dos exames para diagnosticar a rinite alérgica e para o posterior acompanhamento terapêutico do indivíduo”, orienta Rodrigo Ramalho.
O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico, a partir da análise dos sintomas e da avaliação da cavidade nasal (rinoscopia anterior), podendo ser confirmado por exames complementares, caso necessário, como IgE total e IgE específica, testes cutâneos de hipersensibilidade imediata ou videonasofaringoscopia.
Atenção ao controle ambiental:
- Evitar cortinas, tapetes, carpetes e almofadas;
- Usar capas impermeáveis em colchões e travesseiros;
- Deixar a casa ventilada e com exposição ao sol;
- Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas ou qualquer objeto que possa formar colônias de ácaros;
- Identificar e eliminar o mofo e a umidade, principalmente nos quartos;
- Evitar o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns;
- Passar pano úmido diariamente na casa;
- Evitar animais de estimação em quartos e, especialmente, nas camas;
- Higienizar animais de estimação com frequência;
- Manter os filtros de ar-condicionado sempre limpos;
- Evitar fumaça dentro da residência, especialmente de fumantes.
- Evitar o uso de descongestionantes nasais, como Sorine e Naridrin.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Jacqueline Santos