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DIA MUNDIAL DA SAÚDE
Rede Ebserh oferece assistência pelo SUS e contribui para a formação de profissionais qualificados na área da saúde
Fonte da foto: Freepik
Brasília (DF) – Nesse ano de 2024, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde de 2024, comemorado neste dia 7 de abril, foi “A minha saúde, meu direito”. A proposta defende o direito de todos, em todos os lugares e, dentre alguns pontos postos para discussão, estão o acesso a serviços de saúde, educação e informação de qualidade, essenciais para o bem-estar da população.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio dos 41 hospitais universitários que administra em 26 estados e no Distrito Federal, desempenha um importante papel, oferecendo assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuindo para a formação de profissionais na área da saúde, através do ensino prático, da pesquisa e da inovação.
Conscientização e prevenção para saúde
Para o cardiologista do Hospital Universitário Ana Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huab-UFRN), Tiago Porto, atualmente, estão incluídos entre os principais desafios enfrentados na conscientização e prevenção de doenças: disseminação de informações falsas, falta de informação correta, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, pouca compreensão da sociedade acerca da importância da prevenção das doenças, barreiras socioeconômicas, além da resistência a mudanças de comportamento para melhoria da saúde.
Ele afirma que as campanhas influenciam positivamente o comportamento das pessoas em relação à prevenção de doenças, pois fornecem informações corretas e de maneira clara, precisa e de fácil entendimento. “Dessa forma, colocam em evidência a conscientização sobre a importância da prevenção das doenças e ajudam a promover o desenvolvimento de hábitos saudáveis, desmistificando crenças equivocadas, e incentivando a busca por cuidados de saúde”, disse.
“A educação em saúde desempenha um papel crucial na promoção de hábitos saudáveis e na prevenção de doenças, tanto físicas quanto mentais, pois, ao fornecer informações sobre as doenças, capacita os indivíduos a tomarem decisões conscientes sobre sua saúde”, frisou Tiago Porto. Ele destaca que os grupos populacionais mais vulneráveis à falta de conscientização e prevenção são pessoas de baixa renda e escolaridade, minorias étnicas, idosos, crianças, e pessoas com deficiência. “Abordar essas disparidades requer estratégias culturalmente sensíveis, acesso equitativo a serviços de saúde, educação adaptada às necessidades desses grupos e parcerias com organizações comunitárias”, disse.
Para Tiago, os profissionais de saúde podem exercer um papel mais ativo para conscientizar e promover práticas preventivas através de ações como: fornecer informações claras e precisas sobre prevenção de doenças durante as consultas, realizar campanhas em suas comunidades, participar de programas educativos, incentivar a adoção de hábitos saudáveis, promover a vacinação e realizar triagens regulares para identificar fatores de risco.
Autocuidado
É importante que as pessoas observem a si mesmas como forma de ter um autocuidado com a saúde. O médico Tiago Porto alerta que o aparecimento de dores persistentes, variações de peso sem causa aparente, alterações na pele, mudanças no padrão de sono, cansaço extremo, alterações importantes de humor, sangramentos, alteração do hábito intestinal, são sinais de alerta frequentemente ignorados. “É importante estar atento a esses sinais e não hesitar em buscar avaliação médica para prevenir possíveis complicações de saúde”, completa.
Acesso a serviços de saúde
O gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário Júlio Bandeira da Universidade Federal de Campina Grande (HUJB-UFCG), José Dilbery Oliveira, enfatiza o benefício que o usuário do SUS tem através das universidades e hospitais universitários para o acesso, não só transformando saúde num bem de uso comum, de uso coletivo, de acesso público, mas no mesmo instante universal, como é prerrogativa do SUS. Ele destaca a importância do trabalho conjunto entre universidades, hospitais universitários, a Ebserh e SUS, que somam força pela melhoria na qualidade e o acesso a serviços de saúde pública para a população.
Para Dilbery Oliveira, o hospital universitário, na formação de profissionais, gera conhecimento ligado à melhoria dos serviços assistenciais, enquanto presta serviços via SUS, fazendo com que a população consiga acesso não só à qualidade, mas a serviços especializados, diferenciados. “Observamos aqui, pela nossa região de Cajazeiras, no alto Sertão Paraibano, distante das principais capitais do Nordeste. A população local, durante muitos anos, se deslocava para atendimento em um hospital universitário, percorrendo em média 500km. Hoje, a população encontra esses serviços bem mais próximo de casa, assim como o estudante também pode aprimorar sua formação em saúde sem a necessidade de grande deslocamento”, explicou Dilbery.
Ensino e Pesquisa para a promoção da Saúde
“O SUS representa uma conquista significativa para o povo brasileiro, sendo essencial na promoção da saúde e no acesso universal aos serviços médicos”, declarou o professor Tiago Collares, gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel). Ele ressalta que a melhoria contínua do SUS requer não apenas recursos e infraestrutura, mas também a aplicação do conhecimento científico e a consciência dos desafios sociais e éticos.
“Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, reforça-se a importância do SUS como pilar da saúde pública e a necessidade de utilizar o conhecimento científico para aprimorá-lo. Este dia também nos recorda que a busca pela excelência é constante e deve ser embasada em ensino, pesquisa e inovação em saúde”, lembra Collares. Para ele, os HUs desempenham um papel crucial nesse cenário, sendo locais onde a formação de profissionais de saúde se integra à pesquisa de ponta, não só tratando pacientes, mas também impulsionando descobertas e inovações que beneficiam toda a sociedade. Dessa forma, ao unir a pesquisa científica com uma compreensão consciente das demandas do SUS, busca-se não apenas propor soluções inovadoras, mas também garantir que estas sejam contextualmente relevantes e socialmente responsáveis.
Na visão de Collares, temas como a abordagem de Saúde Única destacam a importância de considerar não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental, reconhecendo suas interconexões e consequências. “A pandemia da Covid-19 despertou a necessidade de uma nova concepção integrada de saúde pública. Os avanços em áreas como Biotecnologia, Genômica e Inteligência Artificial, têm o potencial de serem ferramentas significativas para o progresso. É fundamental que as pesquisas científicas de ponta sejam cada vez mais direcionadas ao SUS, garantindo à sociedade o acesso às novas tecnologias e inovações”, concluiu.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Rosenato com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh