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MAIO ROXO
Mês de maio chama a atenção para as doenças inflamatórias intestinais
Campina Grande (PB) - Muitas são as enfermidades que impactam a qualidade de vida dos indivíduos, entre elas, as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Para reforçar a importância do tema, foi criada a Campanha Maio Roxo e instituída uma data no mês (19), para celebrar o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais. O HUAC-UFCG vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece tratamento especializado na área e oportuniza de forma gratuita uma assistência de qualidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
As principais DIIs são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, doenças inflamatórias crônicas que acarretam dor abdominal e diarreia que pode ter a presença de sangue, muco ou pus. O nível de inflação pode ser mais ou menos grave. São doenças que não têm cura até o momento, mas têm controle clínico.
Entre os sintomas da diarreia crônica podem estar emagrecimento, diminuição do apetite, fraqueza, desidratação e dor abdominal frequente. Caso não seja feito controle, as DIIs trazem transtornos na vida social e na vida profissional, levando á diminuição do convívio social e faltas no trabalho. Por conta da dor abdominal, pode ficar dependente de medicamentos analgésicos e até mesmo de medicamentos opioides.
“As doenças inflamatórias intestinais devem ser corretamente diagnosticadas e tratadas de imediato, evitando assim complicações que podem levar a algum procedimento cirúrgico. Os principais sintomas que alertam sobre a necessidade de investigação são: diarreia prolongada, fezes com sangue e muco, perda ponderal e dor abdominal”, ressalta o médico coloproctologista do HUAC, David Morano.
A doença de Crohn pode acometer desde a boca até o ânus e que a retocolite ulcerativa é uma doença restrita ao cólon e reto e que a prevalência dessas doenças no Brasil é de cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes. Não existe uma causa específica, mas os fatores de risco que influenciam a manifestação das doenças são: genética (herança de genes que torna uma pessoa mais propensa a desenvolver a doença); reação anormal do sistema imunológico a bactérias do intestino; fatores ambientais (vírus, bactérias, dieta, tabagismo, estresse e alguns medicamentos; vivência em área urbana (maior prevalência em países mais desenvolvidos); e idade (pode surgir em qualquer idade, mais provável entre os 10 a 40 anos).
Medicações adequadas permitem uma boa qualidade de vida
Tanto diagnóstico quanto tratamento destas doenças têm avançado muito nas últimas duas décadas. Surgiram medicamentos e técnicas que promovem, por exemplo, a cicatrização do intestino, e com isso, uma prevenção de complicações como hemorragia; perfuração intestinal; complicações infecciosas; fístulas; abscessos abdominais, condições que provocam muitas vezes internação hospitalar prolongadas e aumento da morbimortalidade.
Embora as DIIs não tenham cura, as medicações disponíveis permitem que as pessoas consigam ter uma boa qualidade de vida. Entretanto, é necessário seguir alguns cuidados, como uma alimentação saudável, acompanhamento médico adequado, evitar o uso do cigarro, entre outros.
As campanhas, a exemplo do Maio Roxo, chamam a atenção da sociedade para o acolhimento desses pacientes, levando informações seguras e atualizadas importantes para os acometidos pelas doenças. O trabalho das equipes multidisciplinares de saúde contribui com a confiança e o estímulo da melhora do quadro.
HUAC-UFCG realiza tratamento especializado
Segundo a Chefe da Unidade de Ambulatório do HUAC-UFCG, Iolanda Guedes, “60 pacientes mensalmente no ambulatório da Unidade Hospitalar são atendidos para tratar doenças inflamatórias intestinais” .
Para ser atendido no HUAC, os pacientes de Campina Grande são regulados através do SisReg (Sistema Nacional de Regulação) do município. Pacientes de outros municípios devem se dirigir à Secretaria da Saúde da sua cidade para que esta faça a solicitação de atendimento, através do SisReg, à Central de Regulação de Campina Grande. Antes disso, o paciente precisa pedir encaminhamento prévio do médico da sua unidade de saúde.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande (HUAC-UFCG) faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Danielle Morais e Elthon Ribeiro com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh