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CONSCIENTIZAÇÃO
Julho Amarelo: campanha alerta sobre os riscos das hepatites virais
No Brasil, sem saber, 520 mil pessoas convivem com a hepatite C. Imagem ilustrativa: freepik
Campina Grande (PB) – No Brasil, segundo dados de 2023 do Ministério da Saúde, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Por este motivo, o Hospital Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande (HUAC-UFCG) e que integra a Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e é referência no diagnóstico e tratamento das hepatites virais, abraça a campanha Julho Amarelo, que busca conscientizar a sociedade sobre estes cinco tipos de vírus que podem atingir o fígado e causar complicações: A, B, C, D e E.
Referência em Hepatites Virais desde a década de 1980, o HUAC está em fase de planejamento para habilitar um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e um Serviço de Atenção Especializada (SAE), que terão atendimento para pacientes com hepatites virais. A unidade hospitalar oferece, atualmente, biópsias hepáticas, um novo procedimento disponível graças à abertura do serviço de Radiologia Intervencionista.
No HUAC-UFCG, há serviços especializados de Infectologia e Hepatologia para acompanhamento de pacientes com essas doenças “Nossos hospitais estão em constante evolução no tratamento dessas infecções”, destacou o infectologista Jaime Araújo, que também é chefe da Divisão Médica do HUAC-UFCG.
Tratamento no SUS
O diagnóstico e o tratamento das hepatites virais são assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são administrados por via oral, com prescrição especializada. Os diagnósticos são feitos por testes rápidos, sorológicos, e a infecção é confirmada por exames de biologia molecular. Fazer testes com frequência é fundamental para identificação precoce e intervenção eficaz. O SUS também garante a vacinação desde a infância contra as hepatites A e B, essenciais na prevenção da cronificação da doença.
Erradicação
Para os próximos sete anos, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar 14 doenças, incluindo as hepatites virais. Em relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade. “É um objetivo ambicioso, mas possível, especialmente para certos tipos de hepatite, por meio de uma combinação de estratégias de saúde pública, prevenção, diagnóstico e tratamento eficazes”, garantiu o médico Jaime Araújo.
Estatísticas
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, foram diagnosticados 750.651 casos de hepatites virais no Brasil. Desse total, o maior percentual é de hepatite C (39,8%), seguido de hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%). Em relação à mortalidade, de 2000 a 2021, foram 85.486 óbitos por hepatites virais. A infecção pelo vírus C é o de maior letalidade, concentrando 76,1% dos óbitos, seguido pela hepatite B (21,5%) e, muito abaixo, está a hepatite A (1,5%).
Sobre a Ebserh
O HUAC-UFCG faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde Sugestão de legenda: Os diferentes tipos de alergias trazem impactos no dia a dia do paciente.