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VIVA BEM
Dia Mundial do Diabetes: cuidados começam com educação em saúde
Estima-se que, no Brasil, mais de 15 milhões de adultos vivam com o diabetes
Campina Grande (PB) - O Dia Mundial do Diabetes, celebrado 14 de novembro, visa aumentar a conscientização sobre a doença e as suas complicações, além de reforçar a importância da prevenção e do controle adequado. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima-se que, no Brasil, mais de 15 milhões de adultos vivam com ela, uma das doenças crônicas de crescimento mais rápido no mundo. Na Rede Ebserh, diversos hospitais universitários oferecem atendimento especializado realizado por equipes multidisciplinares.
O diabetes ocorre quando o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de glicose (açúcar) no sangue devido a um problema na produção ou no uso da insulina. Esse hormônio é responsável por transportar a glicose para dentro das células, onde ela é utilizada como fonte de energia. Existem diversos tipos de diabetes – sendo três os mais comuns - e os sintomas podem ser semelhantes, variando em intensidade e forma de manifestação.
A endocrinologista do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC-UFCG), Lígia Lopes, explica: “Os sintomas clássicos de glicemia elevada são eliminar quantidades excessivas de urina, sede excessiva, vontade frequente de urinar durante a noite e perda de peso”, disse. Existem também os menos comuns, mas que podem ser sugestivos de hiperglicemia, como visão turva, infecções recorrentes (como candidíase), má cicatrização de feridas. “Importante destacar que muitos pacientes podem não apresentar sintomas”, afirmou.
A principal diferença entre os tipos de diabetes está nas causas e na forma como o corpo lida com a insulina. “O diabetes tipo 1 tende a surgir em crianças e jovens (apesar de poder surgir mais tarde) e é caracterizado pela destruição autoimune das células beta pancreáticas, levando à deficiência absoluta de insulina”, explicou. Já o tipo 2 é o mais comum em adultos, está associado ao estilo de vida ruim e é caracterizado por graus variados de resistência à insulina. Há ainda a diabetes gestacional, que ocorre exclusivamente durante a gravidez e aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.
Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes é feito com base nos níveis de glicose no sangue, que devem ser dosados anualmente, especialmente em indivíduos com fatores de risco como histórico familiar, obesidade, pressão alta ou sedentarismo. Os exames mais comuns são glicemia de jejum, hemoglobina glicada (A1c), teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e glicemia aleatória.
O tratamento envolve uma combinação de cuidados médicos, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos. A tecnologia também é forte aliada no manejo do diabete
Planejamento alimentar
Para além dos medicamentos, terapias não farmacológicas, como dieta e exercício, são pilares fundamentais no manejo do Diabetes Mellitus. Planejar uma alimentação é fundamental para o controle da glicemia e a manutenção de uma boa saúde. Isso envolve a escolha de nutrientes, como carboidratos e proteínas associados a fibras, a combinação correta de alimentos e o cuidado com o estilo de vida com a prática regular de exercícios físicos.
Serviço
No HUAC, o Serviço de Endocrinologia possui ambulatórios médicos específicos para acompanhamento crônico de pacientes portadores dessa doença. Há serviço de referência para acompanhamento de crianças e adultos com Diabetes tipo 1, bem como ambulatório especializado para tratamento de complicações, como pé diabético. A equipe de Endocrinologia também presta assistência em enfermarias a pacientes que necessitam de internação hospitalar devido a complicações agudas ou crônicas.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande (HUAC-UFCG) faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
A unidade de saúde é destaque regional na assistência à saúde desde 1950. Com atendimento público e contratualizado com o SUS desde 2006, o Hospital oferece assistência multiprofissional e interdisciplinar em áreas como: Infectologia, Endocrinologia, Pediatria, Oncopediatria, Genética Médica, Clínica Médica, Oncologia Clínica e Fisioterapia. Além disso, é campo de prática para estudantes de diferentes áreas da saúde, como Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, que desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Redação: Luna Normand e Aristênio Marques de Oliveira, com revisão de Danielle Morais