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INFECÇÃO GENERALIZADA
Prevenção da sepse: equipes participam de campanha com foco na trajetória do paciente
Petrolina (PE) – Globalmente, a cada 2,8 segundos uma pessoa morre vítima de sepse. Anualmente, o Brasil registra 400 mil casos da doença em pacientes adultos com mortalidade de 50%. A sepse é uma resposta inflamatória exagerada a uma infecção e, embora os dados sejam alarmantes, falar sobre a doença ainda é um tabu. Para trazer à tona a importância da adoção de diretrizes para prevenção e tratamento, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), administrado pela Rede Ebserh, realizou, um evento de conscientização para os colaboradores.
Sobre a iniciativa, baseada na campanha do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) para 2024, “A Trajetória do Paciente com Sepse”, a enfermeira do HU, Rafaella Ribeiro, destacou a importância do momento de sensibilização. Durante a ação, organizada pelo Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, da Unidade de Vigilância em Saúde, foram realizadas dinâmicas para explicar conceitos, principais sintomas, tratamento e a atuação da equipe multiprofissional no reconhecimento de pacientes com a doença.
Causas e sintomas
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse é uma disfunção de órgãos ameaçadora à vida, sendo causada por uma resposta desreguladora do hospedeiro a uma infecção. “O risco de sepse é maior em pessoas que têm condições que reduzem a
sua capacidade de combater infecções como crianças menores de um ano, idosos, grávidas, pessoas hospitalizadas por longo período ou internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), pessoas portadoras de doenças crônicas como diabetes e insuficiência renal”, citou a médica infectologista da Rede Ebserh, Vanessa Lima.
A especialista explica que parte dos casos ocorre em pessoas saudáveis, ou seja, indivíduos que estão fora do ambiente hospitalar. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição estão extremos de idade, exposição a epidemias e imunossupressão genética ou adquirida.
A sepse, popularmente conhecida como infecção generalizada, pode levar a choque séptico, falência de múltiplos órgãos e morte. O diagnóstico rápido e o início do tratamento em poucos minutos ou horas aumentam as chances de sobrevivência.
Com vistas a assegurar a adoção de diretrizes para o cuidado de alta qualidade e centrado no usuário, o HU-Univasf, assim como outros hospitais da Rede Ebserh, mantém ativos protocolos de sepse como ferramentas fundamentais para garantir a identificação precoce e o tratamento adequado dessa condição clínica de alta gravidade.
Sobre a Ebserh
O HU-Univasf faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.