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JORNADA EBSERH
Hospitais da Ebserh comprovam que o apoio mútuo fortalece a assistência aos pacientes do SUS
Atuação em conjunto possibilita importantes avanços e que crises possam ser superadas com solidariedade e rapidez
Petrolina (PE) - Em um país de dimensões continentais como o Brasil, os desafios da saúde pública são complexos e exigem uma coordenação robusta. Esse cenário para os hospitais universitários federais que integram a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) serviu de pano de fundo para a primeira plenária da Jornada Ebserh, que teve como tema "Paradigmas e Possibilidades para a Construção de uma Rede Ebserh Potente", mediada pelo presidente da empresa Arthur Chioro.
A Rede Ebserh destaca-se pelo apoio mútuo, garantindo que pacientes do SUS tenham acesso a cuidados de qualidade e que crises possam ser superadas com solidariedade e rapidez. Uma ação que confirma toda essa potência de integração da rede é o caso do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), no sertão de Pernambuco, que enfrentava uma grande fila de pacientes aguardando por cirurgias ortopédicas.
Força-tarefa
Para agilizar a fila, a Ebserh entrou em ação e um grupo de anestesiologistas do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN) cruzou o estado para se integrar à equipe local e fortalecer ainda mais a atuação em rede. Nos três dias seguintes, uma verdadeira força-tarefa de cirurgias foi realizada, somando 79 procedimentos, entre eles cirurgias de ortopedia e neurocirurgias complexas. Essa iniciativa do mutirão não apenas trouxe alívio aos pacientes e suas famílias, mas também demonstrou o quanto a cooperação pode transformar realidades no SUS.
A médica anestesiologista Keila Filgueira, que integrou a equipe do Huol, contou sobre a experiência em participar da ação. "Achei muito dinâmico, pois pudemos atender vários pacientes que estavam na fila aguardando por cirurgia e foi uma experiência muito válida. Apesar do cansaço, eu falo que a bateria do altruísmo funciona de uma forma diferente da bateria do cansaço, eu acho até que recarrega. Então retornei para Natal com a sensação de dever cumprido".
Vinicius Lima Barros, paciente beneficiado pelo mutirão, falou sobre a experiência. "Sofri um acidente de moto que se chocou com um carro na BR. Fui socorrido pelo Samu, mas passou bastante tempo para o atendimento, pois a cidade era bem distante de Petrolina. Ao chegar aqui me deparei com um hospital lotado, mas fui bem atendido e no dia seguinte fui operado de emergência. Quando me falaram do mutirão, eu fiquei esperançoso e aí veio a notícia que eu seria operado no mutirão".
Expiração e inspiração
Em outro momento, o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA) também mostrou o poder do trabalho em rede. Em um período crítico por causa do avanço das síndromes gripais no estado do Amapá, que culminou com uma grande demanda por atendimentos, além da escassez de pessoal e materiais, o hospital enviou equipes e recursos para o Hospital Universitário da Universidade do Amapá (HU-Unifap) com a finalidade de garantir que assistência aos pacientes não fosse interrompida. Essa atitude solidária fortaleceu laços entre os hospitais da rede e assegurou que, independentemente da localização, pudessem contar com o apoio do SUS.
A superintendente do HU-UFMA, Joyce Lages, explicou como se deu o planejamento e a atuação do hospital nessa ação. "A equipe se preparou para apoiar com o envio de equipamentos e profissionais qualificados. Essa ação permitiu que os hospitais que integram a rede básica de atendimento do SUS e que estavam sobrecarregados, continuassem seus atendimentos sem interrupção. Em tempos de alta demanda, a colaboração entre as unidades e outras regiões se provou vital para manter os hospitais em pleno funcionamento", relatou.
Essas histórias mostram que a Rede Ebserh é mais do que uma entidade administrativa é um elo de esperança, onde a troca de conhecimento, recursos e solidariedade fortalece cada unidade hospitalar e, sobretudo, faz a diferença na vida de quem mais precisa.
Por Alexsandra Jácome, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de comunicação Social da Ebserh