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EU VENCI A COVID-19!
“Não deixei nem deixarei o medo me atingir”
“Começo o meu depoimento agradecendo a Deus, ao apoio da minha família e de amigos preciosos e da ciência, apesar de tantas controvérsias e brigas de egos que vemos na mídia diariamente. Em meados de março deste ano, tive um quadro alérgico que provocou espanto e desconfiança em um colega de plantão. Contra minha vontade e atendendo às recomendações do Ministério da Saúde naquele período, fui mandada para casa por 14 dias. No caminho de volta para minha casa, experimentei uma sensação horrorosa: a do preconceito. O medo das pessoas provocava reações tão terríveis, que me senti como uma leprosa no início da era cristã. Senti-me totalmente desolada. Eu não acreditava que fosse o coronavírus; naqueles dias, não tínhamos teste. Eu não senti medo da doença, mas sim das reações psicológicas que ela poderia provocar. Depois que cheguei à minha casa e tomei um banho para relaxar, procurei por quem nunca me abanou: Jesus e minha fé. Decidi que não iria me deixar abater, que manteria meu pensamento positivo, minha conexão com o ‘alto’. E foi isso que me fortaleceu e me fortalece. Acredito que tudo tem um porquê, uma causa maior, e que precisamos manter o pensamento positivo. Não deixei nem deixarei o medo me atingir. Ao final de 14 dias, voltei ao trabalho, certa de que havia sido apenas mais uma grave crise de rinite. Voltei à minha rotina de trabalho e vi vários colegas permitirem que o medo, o desespero agravado pela falta de fé, o desconhecimento e as brigas entre correntes científicas drenassem a saúde já tão atacada pela rotina com estresse e agentes biológicos. No final de maio, tive o que parecia o início de uma crise alérgica provocada pela mudança repentina de clima. Com o passar dos dias, percebi que não estava sentindo cheiro nem sabor dos alimentos. Aí pensei: ‘ói! Agora deve ser ele’. Entrei em contato com a coordenadora Ana Paula, que me falou do início dos testes no HU-UFS. Passei o final de semana aguardando e observando o surgimento de algum sintoma. Foram poucos dias de cefaleia discreta. Confesso que nenhum dos sentimentos anteriores me atingiu. Não tive medo: tive fé! E todos nós devemos ter fé e procurar ajuda emocional. Fiz a coleta e, depois, recebi um telefonema da Sost, confirmando o que já sabia. A doutora Adriane também me telefonou e deu as orientações médicas. Já estava com meu psicológico preparado. Mantive minha calma e minha confiança, segui todas as orientações médicas e de cunho espiritual. Como eu não estava desassistida, o coronavírus passou levemente por mim. Tenho gratidão por isso. Peço a Deus que ele não retorne e desapareça da crosta terrestre, já que sabemos que ele pode ter um potencial muito agressivo. Infelizmente estamos perdendo muitas pessoas, mas sabemos que há um propósito muito maior nos planos de Deus. Confiemos nEle! Toda adversidade experimentada traz uma experiência e provoca mudanças necessárias. Hoje cuido mais do meu sistema imunológico, faço leituras saudáveis, descubro novos talentos e continuo com os cuidados com assepsia e uso de máscara. Não podemos relaxar. E vamos em frente! Tudo passa; isto também vai passar. Termino meu relato com uma pequena mensagem de coragem e renovação de Léon Denis: ‘Em tempo de epidemia, de contágio, as pessoas atingidas são, principalmente, aquelas cujas forças vitais se harmonizam com as causas mórbidas em ação, enquanto indivíduos dotados de vontade firme e isentos de temor, geralmente, ficam imunes’. Só tenho a agradecer. Namastê!"