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JUNHO LILÁS
HU-UFS/Ebserh é referência na realização do teste do pezinho em Sergipe
Aracaju (SE) – O rastreio de doenças é muito importante e já começa nos primeiros momentos de vida de um recém-nascido por meio do Serviço de Triagem Neonatal, conhecido popularmente como "teste do pezinho". O método é capaz de rastrear doenças bioquímicas, genéticas, metabólicas, endócrinas, raras e infecciosas. Neste mês, a temática é relembrada de maneira ainda mais forte pela Campanha Junho Lilás e abraçada pelo Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é referência para a população sergipana neste serviço desde 2001 (Portaria nº 451 do Ministério da Saúde). Somente em 2023, foram triadas 25.385 crianças; em 2024, de janeiro até maio, já foram 11 mil exames realizados.
Segundo a chefe do Setor de Apoio Diagnóstico do HU-UFS/Ebserh e coordenadora do Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Hospital, Flávia Costa, ao identificar doenças e distúrbios em tempo hábil, o teste favorece o tratamento adequado e contínuo aos pacientes, a fim de reduzir mortes e melhorar a qualidade de vida. “É recomendada que a coleta aconteça entre o terceiro e quinta dia de vida do bebê”, sinalizou Flávia. Por ser uma região bastante vascularizada, o calcanhar se tornou o local mais comum para realização do exame, razão da nomenclatura "teste do pezinho", cujo sangue é coletado em papel-filtro.
Rastreio e cuidado
O teste do pezinho realizado pelo HU-UFS/Ebserh é capaz de detectar até seis doenças: o hipotireoidismo congênito (ausência ou redução dos hormônios produzidos pela tireoide); a fenilcetonúria (acúmulo de substâncias tóxicas pelo metabolismo da enzima fenilalanina); a anemia falciforme e outras hemoglobinopatias (alterações dos glóbulos vermelhos do sangue); fibrose cística (doença genética que provoca o aumento da viscosidade de secreções nos pulmões, pâncreas e pele); a hiperplasia adrenal congênita (problema nas glândulas localizadas acima dos rins); e a deficiência de biotinidase (enzina capaz de absorver a biotina de alimentos, que, quando ausente, provoca distúrbios neurológicos, motores e na pele). “Além do diagnóstico, todas as crianças com doença detectada são acompanhadas e monitoradas pela equipe da triagem neonatal, que é formada por profissionais médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistente social, farmacêutico, psicólogo, técnico de laboratório, assistente administrativo e recepcionista”, destacou Flávia.
Esse cuidado especializado foi relatado por Silverlane Nascimento, de 35 anos, mãe de Marina, de três anos. Foi por meio do Teste do Pezinho, realizado no HU-UFS/Ebserh, que a filha teve o diagnóstico de fibrose cística, de forma rápida e já com encaminhamento para os devidos acompanhamentos no hospital. “Com menos de um mês, já estava com o diagnóstico fechado, então isso foi muito bom para a evolução do quadro dela. Graças a Deus, hoje ela está muito bem. Somos muito bem acompanhadas. A triagem neonatal é fundamental para a vida dos pequenos”, disse.
Sobre a Ebserh
O HU-UFS faz parte da Rede Ebserh desde outubro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo
Revisão final da Unidade de Comunicação Regional 2 - Sergipe
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh