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INSERÇÃO
Pacientes das Unidades de Transplante e do Rim expõem trabalhos no hospital
Diante de uma enfermidade e do sofrimento causado por ela, muitos se perguntam como retornarão as suas rotinas diárias. Essa é apenas uma das muitas perguntas que passam pela cabeça de pacientes que fazem hemodiálise ou que passaram e já foram transplantados. É um tratamento bastante longo e que ocupa muita parte do tempo do paciente, já que é submetido a três sessões de quatro horas cada, semanalmente.
Visando o retorno desse paciente ao mercado de trabalho, o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA) realizou, hoje, 07, uma exposição com os trabalhos manuais feitos pelos pacientes que são atendidos nas Unidades de Transplante e do Rim. Trata-se do resultado do Projeto de Capacitação Profissional desenvolvido pela Terapia Ocupacional.
Juliana Mapurunga, terapeuta ocupacional que atua na Unidade do Rim do HU-UFMA, que contempla os serviços de Hemodiálise e o Centro de Prevenção de Doenças Renais, explica como surgiu o Projeto. “Tudo começou em 2011 com a ideia de auxiliar esses pacientes no reingresso as atividades produtivas. Retornando ao mercado de trabalho por meio de uma qualificação profissional e/ou uma habilitação para uma nova atividade”. Ela também relatou que com o processo de adoecimento muitos deles param suas atividades laborais. Então o Projeto oportuniza eles se qualificarem por meio de cursos diversos como: culinária, artesanato, cursos técnicos e profissionalizantes.
Com a qualificação, surgiu então a ideia de expor os trabalhos realizados por esses pacientes, como forma de reconhecimento pelo empenho e participação. A terapeuta ocupacional, Priscila Monteiro de Almeida, que atua na Unidade de Transplantes do HU-UFMA destaca a importância dessa ação. “Precisamos valorizar e incentivar esses trabalhos produzidos por eles. Porque se a gente conseguir que ele se mantenha no mercado de trabalho é muito melhor, tanto para a saúde dele quanto pela questão financeira. Evitando o afastamento deles do trabalho e mantendo um potencial produtivo”.
A exposição teve a participação efetiva de doze pacientes, pois nem todos conseguiram estar presentes devido intercorrências. Silvana Santório, paciente transplantada que apresentou suas peças de artesanato, disse se sentir mais útil com a qualificação. “Depois que transplantei tive uma nova chance de vida e com a minha saúde melhor pude descobrir o artesanato. Eu nem percebo o tempo passar, porque amo o que faço e ainda consegui uma nova fonte de renda”.
Maria Cristina Oliveira, paciente há cinco anos da hemodiálise apresentou seus dotes culinários. “Eu trouxe trufas e bombons de chocolate que aprendi tem só cinco meses, em um curso na hemodiálise. É uma terapia e eu gosto de sempre participar dos cursos, porque ocupa o tempo e a mente. Isso me ajuda!”.
Para que o Projeto aconteça, ao longo dos anos são captadas parcerias com instituições que oferecem vagas em cursos das mais diversas áreas. As empresas parceiras são: Senac, Cantinho Doce, Olívio J. Fonseca e o Centro de Criatividade Odylo Costa Filho. Esse ano a Humanização do HU-UFMA também teve um papel importante ajudando na organização da exposição.
Por Alexsandra Jácome