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Conscientização
Campanha nas redes sociais do HU-UFMA tem como tema cardiopatia congênita
12 de junho! A data marca milhares de histórias que lutam diariamente pela vida. São cerca de 21 mil crianças que nascem por ano no Brasil com algum tipo de cardiopatia congênita, desses cerca de 6% morrem antes de completar um ano.
A cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas a malformações congênitas.
Para celebrar a luta constante desses pequeninos e de seus familiares, foi instituído o Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, comemorado 12 de junho. O Hospital Universitário da UFMA, gerido pela Ebserh, está desenvolvendo em suas redes sociais uma campanha educativa para informar à população sobre esse tema e a importância de um diagnóstico precoce. Além de postagens, abriu espaço para perguntas dos seguidores que serão respondidas durante toda a semana pela cardiopediatra do HU-UFMA, Rachel Nina.
SAIBA MAIS
O que é cardiopatia congênita?
Cardiopatia congênita é toda anormalidade do coração que a criança já nasce com ela, são doenças que em geral modificam a circulação do sangue oxigenado ao não oxigenado no coração. Há um número enorme destas anormalidades que podem consistir em “buracos”, refluxos e até estenoses de artérias ou veias.
Quais são os sinais?
Os sinais mais comuns da cardiopatia congênita são cansaço, dificuldade em mamar, cianose (coloração arroxeada das mãos, pés, língua etc), dificuldade em ganhar peso são alguns dos sinais que podem aparecer quando uma criança possui uma cardiopatia.
Como é o tratamento?
Na grande maioria das vezes a cirurgia é o tratamento mais indicado para as cardiopatias, no entanto, às vezes precisa-se iniciar um tratamento com medicação para controlar os efeitos das cardiopatias sobre a saúde dos portadores.
Como é feito o diagnóstico?
As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Os exames de ultrassom morfológico realizados rotineiramente no primeiro e segundo trimestre gestacional fazem o rastreamento da má formação no coração da criança. Quando há a suspeita de alguma anormalidade é realizado então um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função cardíaca.
Quais são os fatores de risco?
Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da cardiopatia congênita é a herança genética. Pais e mães portadores de cardiopatias congênitas apresentam uma chance duas vezes maior de gerar um bebê cardiopata. O mesmo ocorre quando o casal já gerou um bebê com malformação cardíaca. Algumas cardiopatias, em particular, têm uma chance de recorrência ainda maior, chegando até 10% em gestações subsequentes.
Como prevenir?
Não há formas de prevenir a doença, porém, algumas mudanças comportamentais podem ajudar para o bom desenvolvimento do bebê. Antes de engravidar, a mulher deve procurar um médico para ver se seu estado de saúde está bem e iniciar a ingestão diária de uma vitamina chamada “ácido fólico”, que deve ser receitada pelo obstetra. Além do acompanhamento médico, a grávida deve adotar uma alimentação saudável, abolir o fumo, as bebidas alcoólicas e o consumo de medicamentos sem o conhecimento do seu especialista.
Com informações da cardiopediatra Rachel Nina e do site do HCor