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INOVAÇÃO
Showcase do HC apresenta chatbot de Vigilância Pós-Alta de Pacientes Cirúrgicos
O projeto "Chatbot Inteligente para Vigilância Pós-Alta Hospitalar de Pacientes Cirúrgicos" foi apresentado no 3º Showcase de Inovação em Saúde Digital do Hospital das Clínicas da UFPE, no anfiteatro 1 do HC, na manhã desta quinta-feira (19), dia em que o SUS completa 34 anos da sua criação por lei. Esse projeto é fruto de parceria do HC com a startup AiCury do Centro de Informática da UFPE (CIn-UFPE). O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Nosso grupo [que está desenvolvendo a solução com a Aicury] está muito feliz pelo interesse de todos em conhecer o projeto de uma equipe que está muito engajada e comprometida com a resolução de problemas, como esse do monitoramento de pacientes pós-cirúrgicos para detectar precocemente uma possível complicação”, destacou a chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do HC, Andrêza Cavalcanti, que participou da apresentação do projeto.
Além de Andrêza, participaram da apresentação do chatbot a enfermeira da Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS), Virgínia Coutinho; a CEO da Startup Aicury, Geici Roque; o CTO da Aicury, Rafael Roque; e a estudante de medicina da UFPE Rafaela Queiroz, autora do projeto aprovado no PIT Ebserh/CNPq/HC-UFPE, que serviu como piloto de um chatbot para pacientes monitoradas após a cirurgia cesariana.
Virgínia Coutinho ressaltou que essa detecção precoce, além de evitar a complicação da cirurgia resguardando a saúde do paciente, também traz economicidade. “Uma infecção custa caro para o hospital e para o sistema de saúde e, com a readmissão de um paciente com infecção, outras pessoas deixam de ocupar os leitos do hospital”, comentou a enfermeira, lembrando que há uma subnotificação pela perda do contato com o paciente e que existe uma inviabilidade de fazer a busca por telefone das cerca de 500 pessoas operados em média no HC a cada mês.
O chatbot Ai Vital terá a capacidade de identificar complicações pós-operatórias de forma mais ágil, permitindo intervenções imediatas que diminuam o risco de agravamento e complicações mais sérias. A solução simula conversas humanas por meio de trocas de mensagens, tanto via WhatsApp quanto por voz, adaptando-se às preferências do paciente.
Na mesa de abertura do showcase, o superintendente do HC, Filipe Carrilho destacou a importância de ações que aliam inovação tecnológica à assistência. “Com a implantação de todos os módulos do AGHU (aplicativo de gestão hospitalar), demos um salto de 20 anos, que nos permite uma curva de crescimento com ações e projetos como este. E que esse exemplo seja uma semente de estímulo e inquietude para voos maiores”, afirmou o gestor.
Também compuseram a mesa, a chefe do Setor de Tecnologia da Informação e de Saúde Digital (Setisd) do HC, Shirley Cruz; a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do HC, Gisele Vajgel, representando a Gerência de Atenção à Saúde; o coordenador-geral de Disseminação e Integração de Dados e Informações em Saúde do Ministério da Saúde, Tiago Fontana, e a gerente de Informações Estratégicas, Monitoramento e Avaliação da Atenção Primária da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Marília Oliveira.
Shirley Cruz comentou que no HC atualmente existem “14 projetos envolvendo IA e robótica em parceria com startups, grupos de pesquisa e da residência Tecnológica do CIn e demais atores do ecossistema de inovação em saúde”.
O showcase é um evento bimestral do HC, que tem como objetivo principal incentivar os profissionais de saúde do hospital a participarem de projetos de pesquisa e inovação que explorem o uso de tecnologias digitais para resolver problemas no ambiente hospitalar.
Sobre a Ebserh
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.