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SEGURANÇA DO PACIENTE
HUWC reduz em quase 74% a taxa de mortalidade por sepse nos meses de junho e julho
Fortaleza (CE) – O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC) e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), conquistou um registro expressivo para a assistência à saúde! A instituição reduziu, em comparação com o ano passado, em quase 74% a taxa de mortalidade por sepse em pacientes internados nos meses de junho e julho. Em junho de 2023, foram 13 óbitos, e em julho, 10. Em 2024, os números caíram para 4 e 2 óbitos respectivamente. Esse resultado foi graças ao Protocolo implantado no HUWC que prioriza a rapidez tanto na detecção de sinais de uma possível septicemia quanto na intervenção.
Segundo explicou o infectologista e chefe da Unidade de Vigilância em Saúde (UVS), Jorge Luiz Nobre, sepse é uma das principais causas de morte na internação hospitalar e trata-se de uma inflamação generalizada por consequência de uma infecção. Os sinais observados em uma pessoa que está com sepse são confusão mental, febre, tremores, manchas escuras na pele, fala arrastada, palidez e pouca urina. O protocolo do HUWC envolve, então, o reconhecimento precoce desses sintomas pela equipe de enfermagem. “Este é um projeto que necessita de agilidade na identificação e nas medidas a serem tomadas. As equipes estão treinadas para verificar a suspeita de sepse e iniciar o protocolo, que conta com um trabalho multidisciplinar de enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos do Time de Resposta Rápida (TRR), médicos residentes, infectologistas, analistas clínicos de laboratórios e farmacêuticos”, detalhou Jorge.
Os sinais são percebidos e analisados conforme a metodologia da escala de MEWS (Modified Early Warning Signs, em português ‘Sinais de alerta precoce modificados’), que tem índices de alerta para temperatura, quantidade de leucócitos e frequências cardíacas e respiratória. Quando é identificada a possibilidade de sepse, o médico infectologista é acionado, a coleta dos exames e resultados são prontamente realizados, assim como a dispensação e administração do medicamento antimicrobiano para combater a infecção. Esse processo deve, obrigatoriamente, acontecer em até 1h após a identificação dos sintomas.
A chefe do Setor de Gestão da Qualidade do CH-UFC, Cláudia Fernandes, reforçou que o resultado alcançado nos últimos meses demonstra o esforço contínuo, planejado, integrado com o apoio da alta gestão do Complexo e engajado por todos os profissionais envolvidos. “Para chegarmos a esse resultado estamos há nove meses trabalhando em planejamento, formatação de comissão, treinamentos, coleta e análise de dados, apresentação de indicadores para alta gestão e equipe assistencial, e implementação de planos de melhoria a cada análise dos resultados”. A gestora ainda acrescentou que o propósito é zerar a ocorrência de óbitos por sepse. O Protocolo seguirá em 2025 também como um Projeto de Extensão Universitária, ampliando o incentivo ao ensino desta prática que salva vidas.
Sobre a Ebserh
O CH-UFC faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh