CH-UFC entra no Mercado Livre de Energia

Fortaleza (CE) – O Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), aderiu a um processo conduzido pela sede da empresa, aliando economia financeira e sustentabilidade, através do ingresso no Mercado Livre de Energia (MLE). A migração para esta nova modalidade de fornecimento de energia elétrica no CH-UFC está prevista para o início de março do próximo ano.

A Ebserh dá continuidade ao ingresso no MLE até a efetivação desta nova modalidade nas unidades geridas pela estatal. Foi concluído o processo licitatório que definiu as duas empresas vencedoras, que fornecerão até 15,29 megawatt médio (MWm) de energia e cobrirão nacionalmente as unidades da estatal.

Para a gerente Administrativa do CHC-UFC, Rochelle Goncalves de Souza, a participação do Complexo no Mercado Livre de Energia representa um passo importante em direção à gestão mais eficiente e sustentável dos recursos. “Com essa modalidade, podemos otimizar a aquisição de energia elétrica, conseguindo condições mais vantajosas e previsíveis de preço, o que nos permite reduzir custos operacionais sem comprometer a qualidade dos serviços prestados à população”, completou.

A gerente frisou que, além disso, essa iniciativa reflete o compromisso do CH com a sustentabilidade, uma vez que o Mercado Livre possibilita a escolha de fontes de energia mais limpas e renováveis, alinhando-se às boas práticas de gestão ambiental. “É uma estratégia que fortalece nossa operação e, ao mesmo tempo, contribui para um uso mais responsável dos recursos naturais", finalizou Rochelle Goncalves.

De acordo com o chefe da Unidade de Manutenção Predial do CH-UFC, Samuel Pires Ribeiro, a adesão representará uma economia aproximada de 27% na despesa com energia elétrica do Complexo. “Isso representa uma economia anual de aproximadamente R$ 1,7 milhões. Agora, estamos nos trâmites com a concessionária de energia atual, especificamente na etapa de vistoria da medição”, disse.

Samuel Pires informou que o Complexo continuará utilizando a rede da concessionária local, mas comprará a energia da comercializadora com a qual foi firmado o contrato. O CH-UFC pagará para a concessionária somente a tarifa de uso do seu sistema de distribuição.

Conforme o chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar (DLIH), Joelson Vitoriano dos Santos Lima, o CH-UFC, assim como outras grandes instituições públicas, enfrenta desafios crescentes na gestão de custos operacionais, especialmente no que se refere ao consumo de energia elétrica. Em um cenário onde a sustentabilidade e a eficiência são fundamentais, uma alternativa promissora é a adesão ao MLE. Segundo ele, essa mudança pode trazer benefícios expressivos para o Complexo, permitindo maior previsibilidade orçamentária e ganhos em eficiência.

Compromisso com a sustentabilidade

No âmbito dos hospitais universitários, a Ebserh vislumbra economicidade e, ainda, o alinhamento com a promoção da sustentabilidade ambiental expressa no seu mapa estratégico 2024-2028. Para os participantes do processo, os ganhos serão em escala, graças ao grande número de unidades consumidoras e de grande porte que a empresa possui.

Também chamado de Ambiente Livre de Contratação (ACL), no Mercado Livre de Energia, o consumidor negocia diretamente com o fornecedor, sem o intermédio de uma distribuidora, o que permite economia em tarifas, ajustes conforme demandas e necessidades, negociação de prazos e diversificação de fontes renováveis de geração, cujo produto energético pode ser adquirido de vários lugares do país. O edital e mais informações sobre o processo licitatório estão disponíveis neste link.

Sobre a Ebserh

O CH-UFC faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Rosenato Barreto