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JOHNS HOPKINS HOSPITAL
Humap-UFMS integra estudo internacional de UTIs Pediátricas
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PARK-PICU é a sigla em inglês para Prelavence of Acute Rehab for Kids in the Pediatric Intensive Care Units (Prevalência de Reabilitação Aguda em Crianças de UTI Pediátrica)
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), integra um estudo transversal multicêntrico internacional que tem por objetivo compreender como acontece a movimentação de crianças gravemente doentes internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Trata-se do PARK-PICU, sigla em inglês para Prelavence of Acute Rehab for Kids in the Pediatric Intensive Care Units (Prevalência de Reabilitação Aguda em Crianças de UTI Pediátrica).
“Os dados levantados vão mostrar como acontece a movimentação das crianças gravemente doentes internadas na UTI, tais como fazer exercícios na cama, brincar na cama, sentar e caminhar. Mais detalhadamente, os dados vão identificar a participação da equipe multiprofissional e da família nesse processo. De outro lado, se não acontece a movimentação, será possível identificar os motivos que impedem que ela seja realizada”, explica a fisioterapeuta do Humap-UFMS Suzana Lopes Bomfim Balaniuc, uma das integrantes do projeto.
Também participam da pesquisa os fisioterapeutas do Humap-UFMS Karla Melgarejo, Hudman Ortiz e Marco Aurélio Cardoso, além da equipe de enfermagem da UTI Pediátrica, que realiza a coleta de dados.
A pesquisa é liderada por uma equipe do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Também participam UTIs do Canadá, Austrália e diversos países da Europa. No Brasil, 27 hospitais estão participando.
“A inclusão do Brasil na pesquisa e o convite participativo foram divulgados por meio das redes sociais. As unidades interessadas deveriam fazer o contato e realizar os procedimentos necessários para aprovação pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e posteriormente pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do seu hospital”, ressalta Suzana.
Pesquisa e resultados
A mobilização precoce do paciente crítico, realizada com segurança e associada aos benefícios durante a internação, inclusive na duração do tempo de UTI, tem sido ricamente evidenciada cientificamente na população adulta, afirma a fisioterapeuta Suzana.
Ela destaca, no entanto, que não se vive a mesma realidade para a população pediátrica. “A mobilização funcional e terapêutica em pediatria acontece, mas pouco se encontra na literatura científica comprovando sua eficácia. É preciso mostrar que a mobilização do paciente crítico, tais como sentar-se para brincar, caminhar, ou participar do seu próprio cuidado de higiene, por exemplo, pode muitas vezes acontecer com baixo risco, e, por isso deve ser incentivada, inclusive com a participação da família”.
A futura publicação dos dados desta pesquisa vai revelar o perfil da UTI Pediátrica no Brasil no que se refere à prevalência da mobilização precoce, bem como identificar os processos multiprofissionais que podem eventualmente representar barreiras à mobilização. “A pesquisa é, também, o pontapé inicial para posteriores ensaios clínicos que avaliem o efeito a curto e longo prazo da mobilização precoce em crianças internadas na UTI”, diz Suzana.
Os dados obtidos no Humap-UFMS serão somados e analisados junto aos obtidos nos outros hospitais participantes. “Ainda assim, mesmo antes de publicados, será possível identificar os processos multiprofissionais que podem ser melhorados dentro da equipe multi e interdisciplinar, a fim de otimizar a mobilização precoce e segura do paciente crítico pediátrico, certos de que estaremos contribuindo na redução de tempo de UTI bem como na redução de sequelas físicas e neurossensoriais”, finaliza a pesquisadora.
Sobre a Rede Hospitalar Ebserh
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.