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CAPACITAÇÃO
Equipe multidisciplinar do Humap faz treinamento de atendimento ao AVC agudo
Grupo de Trabalho e Educação Permanente da Unidade de Urgência e Emergência
Nos dias 08 e 09 de abril foi realizado o treinamento de atendimento ao AVC (Acidente Vascular Cerebral) Agudo pelo grupo de trabalho e educação permanente da Unidade de Urgência e Emergência (UUE) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh).
O objetivo da capacitação foi contribuir para a melhoria da assistência no atendimento de urgência ao paciente com AVC, por meio de etapas que possam problematizar a realidade, padronizar as diretrizes de cuidado e transformar as práticas profissionais com segurança e qualidade, com embasamento nas atuais evidências científicas sobre o assunto. O treinamento foi realizado com um momento teórico e outro prático no laboratório de simulação realística do Humap.
60 profissionais da equipe multidisciplinar da UUE foram capacitados pelo chefe da Unidade de Acidente Vascular Cerebral, Gabriel Braga. “Com esse treinamento conseguimos otimizar o tempo da equipe assistencial, com mais agilidade para nossos pacientes. Conseguimos treinar as equipes de uma forma segura, em que conseguem executar suas atividades com clareza. Hoje fica mais fácil entender quais são as atividades durante a assistência, além de termos acesso rápido aos materiais necessários no atendimento”.
Para o responsável técnico pela equipe de enfermagem da Unidade de AVC e um dos organizadores do evento, enfermeiro Mayk Penze Cardoso, esta capacitação é essencial. “O treinamento em atendimento ao AVC Agudo é realizado anualmente e possui um impacto positivo nas ações e assistência de toda a equipe multiprofissional, pois reafirmamos nossas condutas a fim de prestar um cuidado humano e resolutivo para o paciente, otimizando desta forma a gestão de leitos”.
Linha de Cuidado AVC
O Humap-UFMS/Ebserh implantou em 2019 a primeira linha de cuidado de AVC (Acidente Vascular Cerebral) do estado de Mato Grosso do Sul, que consiste em uma sistematização dos atendimentos de pacientes com AVC e está trazendo mais celeridade no diagnóstico e tratamento, diminuindo sequelas e até os índices de mortalidade relacionados à doença.
No entanto, para que o tratamento seja eficiente é preciso que uma série de eventos ocorra de forma sistematizada, com precisão e no menor tempo possível. Essa cadeia de eventos começa ainda em casa, com o reconhecimento dos sinais e sintomas do AVC, acionamento do serviço pré-hospitalar (SAMU), estabilização do paciente em uma unidade de saúde, realização de tomografia, avaliação neurológica, decisão terapêutica e, por fim, cuidados pós-tratamento, preferencialmente dentro de uma unidade de saúde especializada em AVC.
Segundo o neurologista Gabriel Pereira Braga, as terapias de revascularização cerebral, entre elas a trombólise endovenosa, estão entre os tratamentos mais eficazes da medicina. Entretanto, sua janela de tratamento, ou seja, o período de tempo ideal para realizá-la, é muito curta: apenas 4 horas e 30 minutos. Assim, para que os pacientes tenham a chance de receber esse tratamento é preciso que o fluxo entre as diferentes portas do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam organizados na forma da linha de cuidado ao AVC.
Sobre a Rede Hospitalar Ebserh
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.