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DIA DA GESTANTE
Hospitais da Ebserh acolhem gestantes dentro das suas singularidades
HU´s realizam iniciativas que acolhem gestantes dentro das suas singularidades
Cuiabá (MT) - A gravidez marca um momento único e provoca mudanças na vida. A transformação pode vir carregada de esperança e sonhos, mas também pode apresentar desafios. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio de seus hospitais universitários, oferece atendimento multiprofissional especializado para cuidar dessas mulheres, desde o pré-natal até o pós-parto. Em 15 de agosto é celebrado o Dia da Gestante e, por isso, trazemos nesta reportagem iniciativas que acolhem essas mulheres dentro das suas singularidades.
Nesta matéria você verá:
- Visita ao hospital proporciona mais tranquilidade no dia do parto
- Boas práticas humanizam o atendimento e oferecem cuidados centrados nas pacientes
- É preciso entender o contexto e acolher a mulher nas diversas situações.
Visita ao hospital proporciona mais tranquilidade no dia do parto
Lá em Mato Grosso do Sul, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) tem feito diferença com o Projeto “Por uma Vinda Bem-vinda”, iniciativa das Residências Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica e Multiprofissional em Saúde Materno Infantil. O objetivo é vincular as gestantes ao hospital através de visitas guiadas.
É possível fazer o agendamento por telefone para conhecer a estrutura em que o bebê irá nascer e o fluxo de atendimento. A visita da gestante e do seu acompanhante, de livre escolha, perpassa desde o Pronto Atendimento Obstétrico até o Banco de Leite. “Atendemos a mulher de forma integral, da gestação ao puerpério. E o projeto traz muitos benefícios não só para as gestantes, mas também para a comunidade e para o HU”, ressalta a enfermeira obstétrica do HU-UFGD, Caroline Amaral.
O hospital é referência para macrorregião e porta aberta para atendimento às gestantes, com média de 350 nascimentos por mês. O Centro de Parto Normal conta com seis leitos de pré-parto, parto e pós-parto. Em caso de cirurgias, possui também o Centro Obstétrico.
O Ambulatório Ginecológico oferta assistência ao pré-natal de alto risco, bem como consultas de planejamento familiar e contracepção de longa duração. O HU conta ainda com a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), a maior do estado. “A CGBP é um serviço de cuidado às gestantes em situação de vulnerabilidade. É um regime de atenção intermediária entre o domicílio e o hospital, contribuindo para o cuidado”, reforça a enfermeira obstétrica do HU-UFGD, Crislaine Nantes.
Boas práticas humanizam o atendimento e oferecem cuidados centrados nas pacientes
Em Maceió, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal) também desenvolve boas práticas durante todo o atendimento às gestantes como a visita guiada. A responsável técnica do pré-parto, enfermeira Laís Danielle Ribeiro, conta que o HU possui uma sala de parto humanizada o Espaço Bem Nascer, onde as gestantes são orientadas a caminhar livremente, realizar exercícios facilitadores do trabalho de parto e métodos não farmacológicos para alívio da dor. “Também é estimulada a livre escolha de posição de parto, para que se sinta mais confortável. Recentemente foi implantado o uso de analgesia farmacológica”, afirma.
Além disso, um grupo de trabalho, criado esse ano, contribui com ações de humanização que variam entre: arte gestacional, escalda pés e aromaterapia; confecção e entrega de “carimbo de placenta” e lembrancinha de parto; confecção e entrega de “lembrança de uma estrelinha”, em caso de bebês que nascem sem vida.
O HUPAA realiza atendimento a gestantes de alto risco dos municípios alagoanos da 1ª Macrorregião de saúde, assim como os bairros da parte alta da cidade de Maceió. É a referência estadual no atendimento às gestantes em tratamento oncológico e a pacientes com diagnóstico de mola hidatiforme (gravidez molar). No primeiro semestre de 2024, foram realizados uma média de 176 partos/mês.
Entender o contexto e acolher a mulher nas diversas situações
O olhar multiprofissional no pré-natal é fundamental. “Precisamos ter esse olhar biopsicossocial, pois a mulher é multi, tem necessidades biológicas, físicas, fisiológicas, psíquicas, sociais. Precisa ser vista como um todo. E no período da gestação não é diferente”, enfatiza a psicóloga Renata Pinheiro, que atua na Unidade de Obstetrícia do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), no Maranhão, onde há uma média de 300 partos/mês na maternidade. Ela destaca que é um momento de grandes vulnerabilidades psicoemocionais e psicossociais, considerando intensas transformações e necessidade de adaptações, sejam elas físicas, de pensamento ou de papéis sociais.
“Cada período da gestação tem desafios próprios, como por exemplo, no primeiro trimestre temos a ambivalência afetiva, pois quase 70% das gestações não são planejadas. Mesmo que seja desejada, a maioria vem de surpresa, então é um momento de adaptação”, relata. Desafios como ansiedade, medo, incertezas, lidar com expectativas, julgamentos e pressões sociais também acompanham a gravidez. “Às vezes, existe uma idealização de maternidade, de ser o momento perfeito e nem sempre é”, ressalta.
O hospital é especializado na assistência pré-natal à gestante de alto risco, e, além do acompanhamento psicológico tradicional, realiza, de acordo com a necessidade, um pré-natal psicológico. “Não necessariamente a mulher está com algum adoecimento psíquico, mas é justamente devido a esse potencial adoecimento. No momento, estamos fazendo no formato individual, embora também possa ser feito em grupo”, frisa.
Há ainda o acompanhamento psicológico decorrente de violência sexual, seja para os casos que optam por manter a gestação, seja para as que escolhem pela interrupção; para os casos em que há perda perinatal; e tantos outros. O foco em todos os casos é um só: Olhar a mulher na sua singularidade e ofertar o cuidado que ela mais precisa.
Sobre a Ebserh
O HUJM-UFMT faz parte da Rede Ebserh desde2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Danielle Morais, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh