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PROGRAMAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
Ebserh lança editais do PIT e PIC estimulando inclusão e diversidade com sistema de cotas
Edital deste ano beneficia candidatos de baixa renda, pessoas negras ou pardas, pessoas com deficiência, indígenas quilombolas, e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública
Cuiabá (MT) – Foram lançados os editais dos programas de iniciação Científica (PIC) e Tecnológica (PIT). A iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), oferece 615 vagas (369 via PIC e 246 pelo PIT) para estudantes de graduação que desejam participar de projetos que envolvem ensino, pesquisa e inovação nos hospitais universitários federais administrados pela Rede Ebserh.
Destes, 15 serão destinados ao Hospital Universitário Júlio Muller, sendo 09 de PIC e 06 pelo PIT. Em ambas as iniciativas, as bolsas dos graduandos selecionados terão a vigência de 12 meses. Ao total, o investimento da Ebserh nas iniciativas é de aproximadamente R$ 5,4 milhões. As inscrições dos programas iniciam na quinta-feira, 27 de junho, e seguem até o dia 19 de julho. Nos editais estão os links para participação tanto do PIC quanto do PIT.
Neste ano, 164 bolsas do PIC e 123 do PIT serão direcionadas a ações afirmativas. Dentro do percentual, estão os candidatos com renda familiar bruta inferior a um salário-mínimo (RF), Pessoas Negras ou Pardas (PNP), Pessoas com Deficiência (PCD), Pessoas Indígenas (PI), Pessoas Quilombolas (PQ), e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública.
Outra novidade do processo é a publicação de editais centralizados para os programas, elaborados pela sede da Ebserh. Haverá um edital único para cada programa, válido para todos os hospitais da rede. As seleções dos bolsistas continuam a cargo dessas unidades.
Objetivos
Dentre os objetivos do PIT e do PIC, estão a promoção do contato de estudantes de graduação com técnicas e métodos científicos/tecnológicos aplicados à área da saúde, além do estímulo ao desenvolvimento pessoal, profissional e o pensamento crítico do aluno, que será orientado por um pesquisador(a) experiente e atuante em sua área do conhecimento.
Ambos os programas enfatizam a contribuição para a formação científica e tecnológica de recursos humanos entre os beneficiários de políticas de ações afirmativas; a ampliação do acesso e a integração desses estudantes à cultura científica e tecnológica, além do fortalecimento das políticas afirmativas nas instituições públicas.
Inclusão e diversidade em números
Promulgada em 2012, a lei nº 12.711 é conhecida com a lei das cotas, e dispõe sobre o ingresso de estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. O documento determina que 50% das vagas deverão ser reservadas aos alunos membro de famílias cuja renda per capita seja igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo. Ao aplicar esta mesma proporção, os editais do PIC e PIT mostram-se antenados a esta política.
O sistema de cotas, após quase 12 anos, permitiu que o número de ingressos no ensino superior da Rede Federal saltasse de 40 mil estudantes em 2012 para 108 mil em 2022. Dados do Governo Federal indicam que, por exemplo, sem as subcotas étnico-raciais, o número de graduandos pretos, pardos ou indígenas seria, em 2019, de 19 mil, e, graças a essa modalidade, 55 mil estudantes passaram a cursar o ensino superior.
Neste mesmo ano, 45 mil estudantes de baixa renda iniciaram graduações na Rede Federal. Sem as cotas, a quantidade seria reduzida para pouco mais de um terço, 19 mil. Quando se considera pessoas com deficiência, o sistema tornou possível que 6,8 mil PCDs ingressassem nas instituições de ensino federais. Do contrário, seriam apenas 66 pessoas, ou seja, 1% do total.
Inclusão fomenta diversidade. É o que resume a diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação, Cristiane Melo, que ressalta esse primeiro conceito, ao explicar que o uso de cotas já é utilizado no Exame Nacional de Residência Médica (Enare) e, ao fazê-lo no PIC e PIT, permite agregar uma parcela estudantil desfavorecida. “O grande intuito é fazer com que os projetos e processos de estímulo à pesquisa estejam acessíveis a um público diversificado e que muitas vezes não participa desses processos de iniciação científica ou tecnológica, para que eles falem um pouco mais e melhor, trazendo à tona outras visões de mundo e o respeito às diferenças. Enquanto Ebserh, quanto mais pudermos incluir as pessoas, estaremos fazendo isso em todos os projetos que ela se coloca a realizar nas suas unidades hospitalares e na sede”, concluiu.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Júlio Muller faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh
Com informações do MEC