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Fissura Labiopalatina
Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina
Cuiabá (MT) - A fissura labiopalatina é uma malformação congênita, ou seja, quando os bebês nascem com uma fenda que pode ser no lábio ou se estender até o palato (céu da boca). No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, nascem anualmente 5 mil bebês com esta condição. Desta forma, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina (24/06) tem como foco disseminar informações sobre o tema e conscientizar a população.
No Mato Grosso, através do SUS, é possível ter acesso a todo acompanhamento médico e multidisciplinar para tratamento da fissura no Hospital Universitário Júlio Müller da Universidade Federal do Mato Grosso, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUJM-UFMT/Ebser). Fabrício Lucena Almeida, cirurgião plástico do HUJM-UFMT destaca que o diagnóstico pode acontecer antes mesmo do nascimento do bebê. “O diagnóstico pode acontecer na barriga da mãe, através do exame de ultrassom morfológica. É importante logo nesta fase, a família já ser encaminhada para o serviço especializado, assim já poderá ter as primeiras informações e se preparar para o nascimento da criança”, afirmou.
Através do Programa de Fissura Labiopalatina do HUJM-UFMT, o tratamento acompanha todo o desenvolvimento desse paciente, juntamente com sua família, contando com uma equipe que envolve muitos profissionais de saúde, dando suporte desde a nutrição, desenvolvimento infantil, suporte emocional, além do aparato odontológico e médico com as cirurgias de correções necessárias. “A primeira cirurgia é feita após o terceiro mês de vida, que é a cirurgia do lábio. A cirurgia do palato só acontece depois do bebê completar 1 ano de idade, o ideal é que se faça até 1 ano e meio ou 2 anos. As outras cirurgias são mais tardias, como por exemplo a cirurgia do enxerto de osso na maxila que é feito quando essa criança já tem um alinhamento dos dentes para receber esse enxerto e corrigir a falha que a fissura causa.”, descreveu Fabrício.
O médico ressalta que este paciente com fissura passa por outros procedimentos cirúrgicos na fase da adolescência. “Depois dos 16 ou 17 anos pode ser necessária a cirurgia ortognática, e por último é realizada a rinoplastia. Após todas essas etapas é possível fazer outros procedimentos para melhorar o resultado ou para tratar alguma complicação ou mal resultado em decorrência da gravidade da fissura”, explicou.
Neste sentido, o tratamento da fissura labiopalatina se estende ao longo da infância, adolescência, até chegar à fase adulta deste paciente, sendo uma condição muito particular para cada paciente, como reforça o cirurgião plástico. “A fissura labiopalatina pode acometer só o lábio, o lábio e a gengiva, ou o lábio, a gengiva e todo céu da boca, ou pode ser apenas no céu da boca, de maneira isolada. Assim, existe uma diversidade grande de apresentações dessa malformação e para cada apresentação dela vai ter um tratamento individualizado, sendo que todos esses procedimentos são realizados no HUJM”, afirma.
Fabrício destaca a importância da conscientização e da parceria para realização deste trabalho. “Nós entendemos que receber a notícia de uma malformação é um momento frustrante para os pais e que pode e causar uma série de inseguranças. Temos aqui no programa todos profissionais necessários para prestar esse suporte, contamos com a ajuda da organização não-governamental, Smile Train e uma equipe robusta para conseguir tratar de todas as nuances desse paciente que é bem complexo e temos uma paixão em poder tratar”, finalizou.
Para informações sobre o programa:
Equipe de Fissuras Labiopalatinas do HUJM-UFMT/Ebserh, Cuiabá – MT, (65) 3615-7224
Rede Ebserh
O Hospital Universitário Júlio Müller da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde novembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.