Tecnologia no SUS e desafios da pesquisa no DF foram temas de oficinas na Jornada científica do HUB

Brasília (DF) – A 23ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh) ofereceu uma programação especial para pesquisadores da saúde e serviu de incentivo a quem deseja ingressar na área.  Durante o primeiro dia de atividades, oficinas abordaram a importância do fortalecimento da pesquisa clínica no Distrito Federal e o papel transformador das inovações tecnológicas nos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através do HUB.

Fortalecendo a rede de pesquisa no DF

Com o tema “Conectar: Fortalecendo a Rede de Pesquisa Clínica no Distrito Federal”, a primeira oficina da Jornada Científica aconteceu no dia 04 de novembro, na Sala Multiuso da Unidade da Criança e do Adolescente (UCA) do HUB, das 14h às 18h. O momento foi ministrado por Jucileia Rezende Souza, chefe da Unidade de Gestão da Pesquisa; e Sérgio Eduardo Soares Fernandes, coordenador de Pesquisa e Comunicação Científica da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS).

Foto: Ascom/HUB-UnB/Ebserh

A oficina debateu a importância em fortalecer o campo da pesquisa científica na saúde a partir da construção de uma rede que ofereça solução aos desafios e a construção de novas estratégias para tornar o campo mais atrativo no Distrito Federal (DF). 

“O objetivo é abrir um espaço para que a rede de hospitais públicos [da Ebserh] consiga produzir pesquisa, produzir conhecimento conjunto e devolver o conhecimento produzido para o Sistema Único de Saúde”, avaliou Jucileia. “Estar aqui me dá a sensação de que eu estou podendo contribuir junto com pessoas que compartilham a mesma ideia, mas ao mesmo tempo ela gera na gente aquela preocupação de fazer com o que está sendo debatido não pare aqui”.

Perspectiva também apontada por Sérgio, que mencionou a necessidade de criar mecanismos que façam com que pesquisadores brasileiros se sintam motivados a construir cada vez mais estudos no estado. “Fortalecer as pesquisas do DF tornará os centros ainda mais atrativos para que essas pessoas permaneçam aqui. Hoje, a gente não perde apenas para o exterior, mas pra regiões Sudeste e Sul também”, completou mencionando o papel importante que os participantes da oficina podem desempenhar. “As pessoas que vieram são pessoas que estão imbuídas desses mesmos anseios e estão interessadas em fazer com que essa rede dê certo”. 

Foto: Ascom/HUB-UnB/Ebserh

Tecnologia em perspectiva

No dia 06, a oficina “Conectar: Fortalecendo a inovação em saúde na UnB”, aconteceu na Sala de Saúde Mental, na Unidade 1, e foi facilitada pelas profissionais do Hospital Dayde Lane Mendonça da Silva, gerente de Ensino e Pesquisa; e Samira Virginia de França, chefe da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde; além de Emerson Fachin Martins, professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde (PPGCTS) da Faculdade da Ceilândia (FCE) da UnB.

A ocasião foi de intensa troca de informações e apresentação das inovações implementadas e desenvolvidas no HUB. Nesse sentido,  se destacaram ferramentas que têm proporcionado melhorias aos serviços prestados pelo hospital, como o Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), que é um sistema de gestão hospitalar e prontuário eletrônico disponível para uso gratuito no SUS, além do Ambiente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do HUB (PD&I).

O PD&I é constituído pelo Centro de Pesquisas Clínicas (CPC), Sala de Apoio ao Pesquisador + Biblioteca, o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) e o Living Lab de Inovação em Saúde no PCTec. Este último, por exemplo, é formado por quatro pilares: universidade, empresas, sociedade civil e o governo.

O Living Lab é um espaço de inovação aberta planejado no HUB e instituído em parceria com o Parque Científico e Tecnológico (PC Tec) da UnB, e tem o propósito de “promover a cocriação e experimentação de soluções inovadoras para necessidades e problemas reais do SUS”, de acordo com informações apresentadas por Samira.

Foto: Ascom/HUB-UnB/Ebserh

Um dos feitos realizados junto ao Living Lab foi apresentado durante a oficina. Trata-se do primeiro tablet do mundo a liberar cheiro digital para avaliação do olfato, produzido integralmente no Brasil através de pesquisa liderada por Dr. Márcio Nakanishi, otorrinolaringologista do HUB e membro do Living Lab HUB-UnB, em parceria com a Startup brasileira NOAR.

“Esse momento foi muito esperado por nós porque hoje entendemos quem somos nesse universo de HUB, UnB e Ebserh. Entendemos também quem somos nós na rede de saúde e pesquisa do DF”, destacou Deide. “Então a proposta desse encontro é de fato integrar, porque não dá pra fazer nenhum tipo de pesquisa sozinho”, concluiu.

Programação

A 23ª Jornada Científica do Hospital Universitário de Brasília aconteceu nos dias 04 e 06 de novembro no HUB e promoveu atividades, como exposição e apresentação de trabalhos científicos; oficinas; palestras; conferência e homenagens. Confira como foi aqui.

Sobre a Ebserh

O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Redação e revisão: Elizabeth Souza

Coordenadoria de Comunicação Social – Ebserh