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SETEMBRO VERDE
HUB conclui mais uma edição do Setembro Verde promovendo a importância da doação de órgãos
Brasília (DF) – Em mais um ano, o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), uniu esforços em favor do Setembro Verde. A Campanha de Conscientização sobre Doação de Órgãos, realizada de 15 a 20 de setembro, promoveu diversas atividades que levaram sensibilização e informações sobre a importância desse ato. A programação foi encerrada na última sexta-feira, durante o “4º Seminário de Doação de Órgãos, Tecidos e Células do HUB”.
O seminário aconteceu às 8h, no Auditório I do HUB. A programação foi iniciada com a exibição do curta-metragem espanhol “En el lado de la vida”, que narra a história de uma mãe que decide doar os órgãos da filha, que sofre morte cerebral, aos 15 anos, após um grave acidente de trânsito.
Em seguida, os convidados da mesa de abertura reforçaram a mensagem transmitida pelo filme e o papel transformador da campanha Setembro Verde. Compuseram a mesa: Elza Noronha, superintendente do HUB; Gustavo Guilherme Arimatea, nefrologista e chefe da Unidade de Transplantes do HUB; Flávia Dias Xavier, hematologista do HUB; Leonardo Capita, oftalmologista do HUB; Gabriella Ribeiro, integrante da Central Estadual de Transplantes do DF; e Patrícia Gonçalves, coordenadora Geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde (MS).
“O vídeo nos sensibiliza porque situações como essa podem acontecer em nossas vidas e a gente precisa ter uma educação para que em momentos assim possamos ter a luz que essa mãe teve", analisou Elza Noronha. Atitude também defendida por Patrícia Gonçalves, que destacou a importância das pessoas na pavimentação dos caminhos que tornam a doação de órgãos uma tarefa bem sucedida.
“São pessoas que se engajam, são pessoas que usam da sua energia de transformação para conseguir fazer acontecer, porque o transplante tem essa peculiaridade de que tem que ter pessoas participando dos dois lados. Tanto do lado profissional, que são as que entrevistam as famílias, organizando o processo, quanto pessoas do lado de lá que estão doando”, disse, frisando o papel fundamental da família no processo, já que a autorização para a doação dos órgãos de pessoas falecidas parte da família do doador.
Fala partilhada por Leonardo Capita, que mencionou a união dos esforços como estratégia de ampliação da doação de órgãos. Nesse contexto a educação profissional também foi mencionada pela Gabriella Ribeiro, enquanto mecanismo de esperança. “É muito importante que sejam realizados eventos como esse (...) hoje a gente verifica que muitas vezes dentro do próprio hospital tem profissionais que nunca ouviram falar de transplante, não sabem como funciona. Então essa parte voltada aqui para esses grupos é muito importante, porque são eles que podem acender também aquela luz na população”, comentou.
Dando sequência ao debate, Flávia Dias falou sobre doação de medula óssea e o papel indispensável para o tratamento de pessoas com doenças de sangue, como leucemia e linfomas. De acordo com Flávia, o procedimento é “o filho mais novo do HUB”. O primeiro procedimento foi realizado em dezembro de 2023, dando início a uma etapa inédita na saúde pública do Distrito Federal. “A doação de medula óssea pode salvar várias vidas, e muitas vezes essa é uma demanda muito urgente, porque há casos em que o paciente não tem muito tempo”, alerta.
“Durante o mês de setembro, [devido à campanha], as doações crescem. Tudo isso faz a gente entender a importância de estarmos aqui falando do assunto e o HUB tem uma grande responsabilidade por ser um hospital universitário. Temos o propósito de ampliar cada vez mais esse [trabalho]”, concluiu Gustavo Arimatea.
Após a mesa de abertura, a programação seguiu com a realização de outras palestras durante a manhã, alguns dos temas debatidos foram: “O transplante no Brasil e no DF” e “Mitos e verdades sobre doação de órgãos e células”.
Sensibilizar para doar
Integrando a programação do Setembro Verde, nos dias 16 e 17 de setembro foi promovido o “Estande de Informações, Orientações e Incentivo à Doação de Órgãos no HU”, no hall entre as Unidades I e II. Durante a oportunidade foi realizado um jogo de perguntas e respostas com as pessoas que transitavam no local com o intuito de propagar informações sobre doação de órgãos.
Daiane Viana, funcionária da GEAP Saúde, foi uma das pessoas a participar da dinâmica. “Eu não sabia que existia a campanha do Setembro Verde, até então só tinha ouvido falar do Setembro Amarelo. Agora que sei, acho muito importante haver essa conscientização”, opinou. “Tem várias pessoas que precisam dos nossos órgãos e a gente pode ajudá-las, mesmo após a morte”, disse.
Osália da Conceição é um dos exemplos de como essa iniciativa pode salvar vidas. Receptora de rim, Osália participou do estande a convite do HUB com o intuito de comunicar as pessoas como o transplante mudou a sua história em 2019, ano em realizou o procedimento no hospital universitário. “Hoje eu tenho outra vida. Coisas que eu não podia fazer antes, por falta de saúde, agora eu faço. A qualidade de vida melhorou bastante”, declarou.
No HUB, as atividades da campanha do Setembro Verde começaram no dia 15 de setembro, com o “Dia D pela Sensibilização e Incentivo à Doação de Órgãos”, que aconteceu às 8h, no Eixão do Lazer, em Brasília (DF). No dia 18 foi a vez da “Ronda de Sensibilização à Doação de Órgãos”, atividade em que os profissionais visitaram diversos setores do HUB compartilhando informações sobre a importância da doação de órgãos. No dia seguinte (19), a realização de apresentação artística ficou por conta da Liga do Riso (UnB), na Recepção do Ambulatório UCA. A atividade teve direito a atividades interativas e painel instagramável.
Sobre a Ebserh
O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação e revisão: Elizabeth Souza
Coordenadoria de Comunicação Social – Ebserh