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Autópsia minimamente invasiva é tema de simpósio no HUB
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Identificar a causa da morte por meio da autópsia, mas de uma forma que ofereça mais segurança aos profissionais durante o procedimento. Esse é o objetivo da autópsia minimamente invasiva, uma técnica que usa exames de imagem e agulhas de biópsia para a coleta de amostras. Com a suspensão da autópsia convencional durante a pandemia de Covid-19 devido ao risco para os profissionais, a discussão sobre o procedimento menos invasivo vem ganhando espaço nas instituições de saúde.
A implantação da técnica no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) foi discutida durante um simpósio virtual realizado nessa terça-feira (1º). O HUB também avalia a criação do serviço de radiologia forense, que atuaria junto com as áreas de patologia e diagnóstico de imagem do hospital. “O desafio hoje é compor esse núcleo, um serviço integrado com várias áreas, além de institucionalizar a tecnologia e as alternativas para o ensino”, explicou a superintendente do HUB, Elza Noronha.
O radiologista John Robert Pires-Davidson atuava no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), e foi transferido para o HUB com a missão de apoiar a criação do novo serviço. “Essa mudança vai poupar os envolvidos de uma possível contaminação, além de possibilitar o envio de material digital e orgânico para fortalecer o ensino, a pesquisa, o controle de qualidade hospitalar e a vigilância epidemiológica”, afirmou John.
PISA
Durante o simpósio, foi apresentada a experiência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP). O Departamento de Patologia da universidade realiza a autopsia minimamente invasiva nas instalações do projeto Plataforma de Imagem na Sala de Autópsia (PISA).
O trabalho foi apresentado pelo professor titular do Departamento de Patologia da FM/USP, Paulo Saldiva. “Falar em um ambiente universitário é um prazer enorme. Tentei realocar a autópsia no contexto do ensino e pesquisa e a pandemia está acelerando o que é inevitável”, disse Paulo.
A gerente de Ensino e Pesquisa do HUB, Dayde Mendonça, confirmou o interesse do hospital em adotar a técnica e os benefícios para a instituição. “O HUB está discutindo a possibilidade da implantação da autópsia minimamente invasiva desde março do ano passado, quando começou a pandemia. Além de trazer benefícios para a área assistencial, a iniciativa é fundamental nas áreas de ensino e pesquisa”, garantiu Dayde.