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Sthalen relata seu tratamento de Covid-19: “A equipe do HC-UFG são anjos de azul, usados por Deus!”
Em julho de 2021, a empresária Sthalen Josefy Oliveira Gois Ferraz, 28, sentiu-se mal num final de semana normal e movimentado de trabalho na Avenida 44, em Goiânia. Na segunda-feira, percebeu que não teve melhora e aguardou para ir a uma consulta no CAIS na quinta-feira. Com a saturação muito baixa e com pneumonia, foi logo recebendo oxigênio e fazendo o exame PCR, que deu positivo para Covid-19.
Na oportunidade, o médico local receitou medicamentos e a mandou para casa. A melhora não aconteceu e após nove dias tomando medicamentos e isolada do marido Fernando, 37, da filha, Agnes, 7, e dos dois enteados, Arthur, 17, e Matheus, 19, Sthalen viu sua situação piorar, com a falta de ar que a impedia de dormir e de comer qualquer coisa.
Sthalen retornou ao CAIS e foi indicada para ir a Itumbiara, a 208 quilômetros de Goiânia. Mas, Sthalen estava muito mal, com pressão alta e saturação baixa. Foi reanimada, mas havia indícios de infarto, um risco grande para um longo percurso. Foi quando decidiram que ela deveria ir para o hospital mais próximo: o HC-UFG.
Recepção no HC
O primeiro dia de Sthalen no Hospital das Clínicas foi 22 de julho. Chegou a usar a máscara de ventilação mecânica não-invasiva (VNI), mas não obteve melhora e teve que ser entubada. Antes, os médicos e a psicóloga fizeram uma vídeo-chamada para comunicação com a família.
“Só voltei a acordar dia 28 de agosto. Enquanto estava entubada, eu conseguia ouvir as vozes do meu marido, da minha filha, dos meus pais. Eram áudios que eles, os enfermeiros e a psicóloga colocavam para eu ouvir, com mensagens de carinho, de positividade. A equipe pegou minha foto e procurou saber sobre a minha pessoa e todos os meus gostos. Era como um sonho, mas era real”, disse.
“Quando eu acordei, minha pressão subiu e eu entrei em pânico. Não sabia onde eu estava. A enfermeira que estava comigo foi me explicando que eu estava na UTI, que havia tido Covid, que estava entubada. Eu li na placa da porta UTI e comecei a chorar. Pensei: “Eu sou um milagre, um milagre!”
Aos poucos, a equipe do hospital foi tirando a sedação de Sthalen e realizando o “desmame”. Sthalen ia vendo alguns pacientes morrendo e pedia, firmemente, a Deus para ficar.
Ela relembra: “Até água eu não podia tomar, porque tive embolia pulmonar. Fiquei um período na UTI Covid. Fase crítica, com pouca esperança. Depois que os sintomas da Covid passaram, fui transferida para a UTI Geral. Lá conheci uma equipe maravilhosa que se empenhou em cuidar de mim: os médicos Arthur e Elder, que me colocaram pronada por quatro dias, o que fez meu pulmão voltar ao normal, assim como meus rins, a médica Valeriana, os enfermeiros Jailson e Larissa, a psicóloga Bárbara, a terapeuta Adriana, a fonoaudióloga Iris e os fisioterapeutas Ana Paula e Thiago”, me recordo de cada um”.
Sthalen continuou, com seu sentimento de muita gratidão pelo atendimento recebido: “Me apeguei a todos eles (equipe)! Acredito que foram usados por Deus. Me sentia muito querida, não sentia medo de nada, de nenhum procedimento. Tudo era conversado, explicado, o que me tranquilizava. Tive alta no dia 05 de setembro!”, finaliza.
Saúde e família aumentada
Hoje, Sthalen leva uma vida normal e, cheia de energia, toca com o marido o trabalho de venda de roupas femininas na feira hippie de Goiânia. Fez acompanhamento de fisioterapia no HC-UFG e, tratamento de pneumologia, na instituição, onde sempre é tratada como “Um milagre”.
Grávida de três meses, Sthalen Gois esbanja saúde para administrar essa nova fase da vida, administrando os negócios e a família, que vai aumentar em breve.
Texto e fotos: Aretha Lins
Unidade de Comunicação Social do HC-UFG/Ebserh