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RELATOS E HISTÓRIAS – JUNHO VERMELHO
O jovem estudante Rodrigo de Melo relata sua experiência como doador de sangue no Banco de Sangue do HC-UFG: “Doação é algo que tem que vir do coração. Você faz por você e pelo outro!”
É notável ver o nível de consciência do jovem estudante Rodrigo Andrade Vieira de Melo. Com apenas 22 anos, natural de João Pessoa (PB) e integrante do movimento escoteiro, sempre teve vontade de ser um doador, mas não sabia como fazer e, desde que surgiu a primeira oportunidade, nunca mais parou.
“Sempre vi as pessoas solicitando doações, desde a adolescência, mas nunca havia dado o primeiro passo. E foi no início de 2019, que uma tia minha passou por um problema de saúde e precisou de sangue. Foi aí que pude iniciar essa jornada e, desde então, nunca mais parei!”, relata.
Rodrigo Melo é solteiro e mora com a mãe, Virginia, e com o irmão mais velho, Vitor em Goiânia desde 2011, onde faz curso preparatório para Medicina e sempre doou sangue no Banco de Sangue do HC-UFG. Curte estar com a família, ver vídeos na Internet, mas também adora estar com os amigos.
Rodrigo percebeu que o gesto de doar, aparentemente simples, era demasiadamente importante: “Eu vi que era algo simples para mim, mas que ajudaria a muitas pessoas! Vi também que eu poderia ajudar as pessoas que precisavam de sangue e, ainda, levar outras pessoas que tinham interesse em doar sangue, mas não sabiam como fazer, como dar o primeiro passo!”.
Influenciador do bem
Rodrigo segue à risca as orientações para doação de sangue, bem como cumpre o intervalo indicado para homens, comparecendo ao HC-UFG de dois em dois meses, realizando no máximo de 4 doações por ano. Ele conta sobre o compromisso feito e de como influencia outras pessoas a realizarem o mesmo gesto.
“Por meio dessa doação de sangue, eu também acabei conhecendo a doação de plaquetas. Eu nunca gostei do ato de doar qualquer coisa e sair mostrando, falando... Doação é algo que tem que vir do coração, você faz por você e pelo outro. E eu vi que eu poderia motivar as pessoas que tinham interesse, mas não iam lá, nunca iam conhecer o Banco de Sangue, ou pesquisar na Internet, buscar informações... comecei a postar o que era necessário para doar, o que podia e o que não podia! Postava nas redes sociais e coloquei como meta levar sempre alguém comigo. Levar uma pessoa a mais era simples. Quanto mais pessoas eu levasse, mais pessoas seriam ajudadas”.
“Sempre que eu ia doar eu postava. As postagens começaram a ser frequentes. Mantive um ‘Destaque’ no meu Instagram e os recém-conhecidos já davam de cara com minhas postagens sobre doação de sangue, incentivando, chamando. Daí, o pessoal comentava: ‘Poxa, que legal, sempre tive vontade’! Certa vez, eu me propus a levar vários amigos para doar e depois deixar em casa!”, recorda.
Ainda não doou? Vai ao Banco de Sangue do HC-UFG, sabe por quê?
“Só digo uma coisa: é um gesto muito simples de se fazer. Muitas pessoas têm medo da agulha, de ficar nervoso. A doação de sangue é mais tranquila do que a retirada de sangue para exame. É simples, é rápida e ajuda muitas pessoas...muitas!”
Rodrigo ainda ressalta: “Muitas vezes são canceladas cirurgias por conta da falta de sangue. O ato da doação ajuda muitas pessoas. A gente só não vê, mas vemos nos olhos dos profissionais a vontade de ajudar o outro. A gente sai do Banco de Sangue se sentindo melhor. É algo feito de dois em dois meses, de três em três meses”.
E ele fala dos profissionais que atendem no Banco de Sangue do HC: “Pode ligar no HC-UFG! Eles são muito receptivos. Você vai sair de lá do Banco de Sangue com vontade de voltar. O motivo de eu doar no HC é a receptividade deles. Já doei em três bancos de sangue diferentes do HC. Desde a primeira vez, eu fui tratado com sorriso, ambiente legal, descontraído... eles te tranquilizam. Posso falar da Letícia, que eu conheci lá. Fui com meus amigos do cursinho, levei o carro cheio. Ela foi a primeira a fazer a minha triagem e foi muito receptiva”.
E completa contando como foi esse atendimento diferenciado e amigo dentro da instituição hospitalar em que sonha trabalhar um dia: “Ela olhou a minha CNH e me reconheceu porque eu estava sorrindo na foto. Ela disse que as nossas doações foram as únicas do período da tarde. E isso me marcou, sabe? Tantas pessoas fazendo faculdade de Medicina e querendo entrar na UFG e aquilo me marcou... Nós querendo estar desse outro lado e podendo ajudar daqui ... é a faculdade dos meus sonhos, é lá que eu quero estudar, trabalhar. Lá que eu quero continuar ajudando”, reforça.
Rodrigo tem um compromisso com a área da saúde, onde deseja atuar e dessa forma, por meio da doação de sangue, já se sente parte desse universo, contribuindo com esse bem tão valioso que é o sangue humano: “O atendimento do Banco de Sangue do HC-UFG é impecável. Todos que eu levo lá tem interesse em voltar e continuar doando. Eles estão preocupados se vai ter doação, mas, ainda assim, te passam tranquilidade, te deixam confortáveis! O Nélio, o Padilha, foram pessoas que foram marcando presença nas minhas doações”.
“Já doei em outros bancos de sangue, mas hoje direciono minhas doações para o HC-UFG e também de todas as pessoas que eu chamo, porque é um hospital público, de referência, grande suficiente para sempre estar precisando de bolsas de sangue no estoque. Se não for no HC, que seja para algum hospital da rede pública, tanto doação de sangue quanto de plaquetas. Além de tudo, é meu hospital dos sonhos, é minha escola médica de referência. Eu me sinto bem de estar lá, por perto da UFG. É algo que me deixa motivado nos estudos, no dia a dia. Vou doar e volto com a mentalidade de que é lá que eu quero estar e lá que eu quero trabalhar!”, finaliza motivado.
Bando de Sangue do HC-UFG
O Bando de Sangue do HC-UFG fica localizado na Primeira Avenida, Setor Leste Universitário, ao lado do CEROF da UFG.
Em caso de dúvidas, entre em contato pelo telefone (62) 3269-8326.