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RELATOS E HISTÓRIAS | AGOSTO DOURADO
A mãezinha de primeira viagem Míryan dos Santos Magalhães conta sobre as dificuldades e a superação delas para amamentar as gêmeas Maria Helena e Mariana
Amamentar é um verdadeiro ato de amor, aguardado ansiosamente por muitas mães, especialmente as de primeira viagem. No entanto, esse processo muitas vezes não é fácil, como aparenta ser, pois acontecem muitos problemas relacionados com a desinformação, falta de experiência, com inflamações e até mesmo com a falta de leite.
E, diariamente, as profissionais da área assistencial do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, vinculado à rede Ebserh, precisam prestar apoio a essas mãezinhas em dificuldade. Exemplo disto é a designer gráfica Míryan dos Santos Magalhães, de 24 anos, que teve as gêmeas Maria Helena e Mariana no dia 28 de julho de 2023 no HC-UFG, por meio de parto cesárea.
Ela, que é natural de Alexânia (GO), teve uma gravidez gemelar tranquila, fazendo todo o acompanhamento pré-natal necessário. Porém, relata que não teve orientação sobre o quesito amamentação, além do fato de não ter mamilos proeminentes, o que dificultou ainda mais todo o processo.
“No início as gêmeas não mamavam, porque a pega estava errada. O bico do peito começou a ferir e as enfermeiras daqui começaram a me ajudar, me orientar. A Maria Helena, que é a mais velha, não conseguia pegar, já a Mariana pegou mais rápido, mas só no terceiro dia”, relata.
“Aqui no HC, as enfermeiras me orientaram como consertar a pega. Foram várias as profissionais que me ajudaram, especialmente a técnica de enfermagem Lauanny. Hoje elas mamam quando pedem e complementamos a amamentação com a ‘fórmula’. Assim que a Mariana pegou, eu senti uma sensação um pouco estranha, sabe? Mas tive também a alegria de ter conseguido, uma sensação de vitória!”, completou.
Amamentação após a licença-maternidade?
O artigo 396 da CLT prevê que, com o retorno da licença-maternidade, a mãe tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais de meia hora, cada um com a finalidade de amamentar o bebê, inclusive se advindo de adoção.
No caso de Míryan, ela conta que está de licença do seu trabalho, mas que já acordou com a empresa onde está empregada que vai trabalhar de casa, assim que acabar a licença, pois o seu tipo de atividade permite, o que vai ajudar muito durante toda a fase de amamentação.
A mãe de Míryan e avó das gêmeas, dona Sebastiana dos Santos, disse que em sua época, quando Míryan nasceu, ela também teve dificuldades de pegar o seio, só conseguindo mamar depois de 5 dias. Ele mamou por dois anos e, segundo dona Sebastiana, Míryan só não mamou por mais tempo porque ela tinha vergonha de amamentar em qualquer lugar. Hoje, ela aconselha a filha: “Amamente suas filhas até onde for possível. O contato da mãe com os filhos é importante, cria vínculos, é maravilhoso!”.
A técnica de enfermagem do HC-UFG Lauanny Suzy, 35, diz que esse apoio e orientações são fundamentais: “Eu ensino a pega, dou apoio porque esse início é bem difícil para as mãezinhas, mas é possível amamentar. Todas conseguem!”.
Míryan corrobora o conselho da mãe e diz que vai amamentar até quando for possível, sim, e aconselha às mães novatas: “Eu digo que procurem informação sobre amamentação em sites e livros. É importante estarem preparadas para esse momento. Tem muita informação aí, disponível!”.
Texto e fotos: Aretha Lins / UECI / Ebserh