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RELATOS DE QUEM CUIDA
“Cuidamos do paciente que não vemos”
O servidor Heverton Vieira Barros tem sua história de vida vinculada ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), onde iniciou sua trajetória profissional no dia 02 de novembro de 1999, completando 22 anos na instituição neste ano.
Heverton iniciou no HC como bolsista de técnico em enfermagem, depois foi contatado pela Fundahc - Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG e, em 2002, entrou como técnico de enfermagem concursado da UFG. Graduou-se em Fisioterapia e Enfermagem, atuou no Pronto-Socorro e na clínica de Medicina Tropical, foi chefe do Serviço de Higienização por 5 anos, atuou na administração do Pronto-Socorro, e ficou um ano fora do hospital, lotado na Junta Médica da UFG.
Mas foi no retorno ao HC que teve início sua história de amor com a Central de Material e Esterilização (CME), onde completa 8 anos neste ano.
“Passamos de um espaço com 120 metros para quase 2 mil metros. Isso foi uma grande evolução”, afirma ao falar da nova estrutura do CME no Edifício de Internação. “Desde o início da minha trajetória dentro do CME, estive ligado diretamente à montagem do novo CME, como adequações de planta física para atendimento da legislação vigente, consultoria na elaboração de descritivo de equipamentos e de aquisição de instrumentais cirúrgicos, dentre outras. Para chegarmos a esse nível de conforto e de automação, foi uma grande grande que teve início há mais de vinte anos”, lembra.
Orgulho de fazer parte
Heverton conta com muito orgulho sobre o processo de trabalho em que está envolvido, com uma equipe de 37 pessoas distribuídas nos três turnos, e do grande desafio de sair de um CME pequeno, ultrapassado e sucateado para um novo espaço, em 2021.
“Tivemos que nos reinventar, mudar os conceitos, readequar processos de trabalho. E fazer uma transição em um curto espaço de tempo, sem que o hospital sofresse com esse processo, sem que o paciente ficasse desassistido. E felizmente, graças ao empenho de todos, conseguimos realizar esse processo sem deixar nenhuma unidade desabastecida”, disse.
CME: Serviço fundamental
Heverton pontua a importância do trabalho desenvolvido pelo CME como unidade fundamental na assistência direta ao paciente. “Trabalhamos com o principal diagnóstico de enfermagem, que é o risco de infecção hospitalar. Todos os produtos usados nos ambulatórios, nas unidades de internação, no centro cirúrgico e tudo o que for ‘reprocessável’ é de responsabilidade do CME – diminuir a contaminação, secar, inspecionar, montar, empacotar, esterilizar e distribuir. Em muitos hospitais esse serviço é terceirizado, mas graças a gestão da rede EBSERH e o apoio da governança do nosso hospital, conseguimos manter nossa unidade com todos os processos de trabalho realizados na instituição”.
De acordo com Heverton, o resultado do trabalho está voltado para o paciente e para as equipes, pois para garantir que os produtos estejam estéreis, muitos aspectos são envolvidos. E ressalta: “Todos os procedimentos cirúrgicos eletivos são criteriosamente planejados e montados pelo CME juntamente com a equipe do centro cirúrgico, prevenindo equívocos e garantindo a segurança de todos os pacientes atendidos”.
“Posso dizer que a filosofia da equipe do CME é essa: cuidamos de pacientes que não vemos. Nossa responsabilidade é tão importante quanto a do profissional que está à beira do leito. Para a realização desse trabalho, contamos com uma equipe extremamente alinhada e coesa. É muito gratificante vivenciar e sentir o compromisso que cada membro da equipe tem com o trabalho desenvolvido”, destacou.
E Heverton encerra o relato de sua história falando de sua dedicação e compromisso com o HC-UFG, com muito orgulho: “Eu vivo isso aqui integralmente. Meu trabalho me realiza pessoalmente, financeiramente e profissionalmente. Sou respeitado. Minha vida foi pautada aqui, pois fui recebido quando eu tinha 17 anos pelo enfermeiro Eric Benchimol. Sempre tive o privilégio de trabalhar com gestores maravilhosos. Tenho minha independência financeira, minha casa e devo isso à minha dedicação, à profissão que escolhi e ao hospital que acreditou em mim”, concluiu.
Centro de Material e Esterilização (CME)
O Centro de Material e Esterilização (CME) do HC-UFG é um serviço de extrema importância nas unidades de saúde, uma vez que é o setor de apoio técnico responsável pela recepção, limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição dos produtos de saúde para as unidades consumidoras.
O CME do HC-UFG faz o processamento de uma média de 9 mil pacotes/mês, com um acervo de rotatividade de cerca de 12 mil peças. Esses pacotes são divididos por complexidade: vão desde peças avulsas simples até caixas cirúrgicas muito bem elaboradas e complexas. Com a estrutura que possui, o CME tem condições de atender, de forma tranquila e segura, a capacidade que o Hospital comporta para internação.
Texto e fotos: Aretha Lins
Unidade de Comunicação Social do HC-UFG/Ebserh