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SETEMBRO VERDE
HC-UFG aborda importância da doação de órgãos para transplante
No Setembro Verde, mês dedicado a doadores e receptores de órgãos, muitas histórias e relatos ajudam a compreender a importância do tema. E os dados numéricos dão a dimensão da relevância dessa questão. Este ano, no Brasil, 14.182 pessoas já participaram, como doadoras ou receptoras, de transplantes de órgãos, tecidos e medula óssea.
Só na Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh), que administra 41 Hospitais Universitários (HUs), 19 instituições realizaram 791 transplantes no primeiro semestre deste ano, segundo a Base de Dados Nacionais do Sistema Único de Saúde (SIA/SIH/SUS). O marco é resultado de um trabalho que envolve várias etapas: as cirurgias de captação de órgãos feitas em unidades de todas as regiões do Brasil, a abordagem para doação quando é identificado um potencial doador pelos comitês, além do próprio transplante (um processo sofisticado e cada vez mais seguro) e do acompanhamento pós-cirurgia.
No ano passado, os HUs da Rede Ebserh realizaram 1.473 transplantes, segundo dados divulgados pelo Serviço de Gestão da Informação, Monitoramento e Avaliação da estatal. Em 2021, foram 1.342 cirurgias e, em 2020, 1.094 transplantes na Rede.
“A doação de órgãos é uma ação de amor e solidariedade que pode salvar inúmeras vidas. Todos os dias, centenas de pessoas são colocadas em listas de espera, ansiando por um transplante que pode significar uma nova chance de vida. Ao optarmos por sermos doadores, transcendemos nossa existência física, perpetuando nossa essência ao proporcionar vida e esperança a quem mais precisa. A doação de órgãos é um ato que expressa o mais puro gesto de empatia e humanidade, pois, mesmo após nossa partida, continuamos a fazer a diferença na vida de outras pessoas. Peço a todos que reflitam sobre essa causa e considerem se tornar doadores de órgãos. Juntos, podemos criar uma corrente de solidariedade e amor, salvando inúmeras vidas e trazendo luz a muitas famílias”, afirma o Dr Helder Takaoka, chefe da UTI adulto e coordenador da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplantes) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG).
HC-UFG
O HC-UFG está entre os hospitais da Rede Ebserh que realizam transplantes de órgãos e tecidos. Em julho de 2022, o HC-UFG iniciou o serviço de transplante renal e, até o momento, já foram realizados oito transplantes, sendo três de doadores vivos (intervivos) e cinco de doadores falecidos. Dentre os transplantes intervivos, dois foram preemptivos, ou seja, realizados antes mesmo do paciente começar a diálise.
Os pacientes listados para o transplante no HC-UFG são encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) ou já são pacientes que realizam diálise e hemodiálise no HC. Primeiramente, esses pacientes passam pelo Ambulatório de Transplante Renal, onde são acompanhados até estarem aptos para o transplante. “No ambulatório, realizamos diversos exames para verificar se esse paciente está apto a entrar para a lista de transplantes, como avaliação imunológica, avaliação cardiovascular e avaliação para verificar se o paciente tem algum tipo de neoplasia. Nesse momento, as consultas são realizadas a cada dois meses”, explica Mariana Pigozzi, médica nefrologista e coordenadora do Ambulatório de Transplante Renal do HC-UFG.
Estando aptos para o transplante, os pacientes são acompanhados por meio de consultas ambulatoriais a cada seis meses ou um ano para a verificação pela equipe médica se as condições clínicas permanecem as mesmas.
De acordo com a nefrologista Valéria Soares Pigozzi Veloso, chefe da Unidade do Sistema Urinário do HC-UFG, no caso de doadores falecidos, a captação é feita pela Central de Transplantes do Estado de Goiás, que repassa o rim doado para a equipe de Urologia do HC-UFG realizar o transplante. “A distribuição é feita de acordo com a compatibilidade do doador”, destaca Valéria Pigozzi.
Evento
No dia 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi realizada uma ação itinerante no HC-UFG com o intuito de orientar e esclarecer dúvidas relativas ao tema. Intitulada “Blitz - Mitos e Verdades: o assunto é doação de órgãos”, a ação foi desenvolvida pela Liga Acadêmica de Doação e Captação de Órgãos para Transplantes (Liga DOA Goiás), coordenada pelas professoras Karina Suzuki e Regiane Barreto.
A dinâmica consistiu na apresentação de folhas A4 coloridas, com informações verdadeiras e falsas sobre o processo de doação de órgãos, contendo as respostas corretas (explicadas e justificadas pelos alunos da Liga), terminando com momento para dúvidas e curiosidades.
Rede Ebserh
O HC-UFG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.