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INCLUSÃO
Inclusão: HC-UFG promove curso de LIBRAS aos profissionais da saúde para melhor atendimento de paciente surdo
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Curso de Libras
De acordo com o Ministério da Educação do Brasil, ao indivíduo surdo é dada a garantia do pleno exercício da cidadania assegurada pela Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras - como língua oficial da comunidade surda, e as instituições públicas de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequados a esses indivíduos.
Nesse sentido, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), através da Unidade de Desenvolvimento de Pessoal – UDP e da Unidade de Saúde Mental - USM, está promovendo um Curso de Libras para os profissionais da instituição. O curso teve início no dia 12/04 e finalizará no dia 02/08, portanto, serão 30 encontros feitos na modalidade online.
Inicialmente foram ofertadas 05 vagas para os profissionais da assistência e, devido ao sucesso do curso e a ampla necessidade identificada, a UDP trabalhará na oferta de novas turmas. O curso está sendo ministrado pela instrutora externa, Aline Porcides, em uma parceria com o HC. Aline é graduada em Licenciatura em Letras Libras - UFPR, Especialista em Alfabetização, Letramento e Educação Especial e Neuropsicopedagoga.
O curso tem o objetivo de promover a redução das barreiras de comunicação, além de ser um indicativo de qualidade da assistência prestada ao paciente, pois, quando os profissionais conseguem se comunicar melhor com o surdo, é possível que haja um atendimento e tratamento mais assertivos, promovendo, assim, “a real inclusão e interação no ambiente hospitalar”, pontua a Chefe da Unidade de Desenvolvimento de Pessoal, Renata Silva de Moura.
A psicóloga Luiza Borges, que está participando do curso, ressalta a importância da Libras para o seu trabalho no hospital. “Entre minhas atribuições, está a realização de avaliação neuropsicológica, que busca compreender o funcionamento cognitivo e comportamental dos pacientes. É muito comum que, para este tipo de avaliação, sejam encaminhados pacientes que possuam alguma limitação sensorial, cognitiva, comportamental ou de comunicação e, nesse sentido, o conhecimento de Libras, ainda que num nível básico, me permitirá investigar algumas queixas diretamente com o paciente sem a necessidade de um intérprete para mediar a comunicação”.
Luiza Borges acrescenta ainda que a comunicação direta favorecerá o estabelecimento de vínculo com o paciente e família, “que poderão se sentir mais à vontade para colaborar com o processo avaliativo e assim alcançar melhores resultados”.
Outra profissional participante do curso, a técnica de enfermagem Gabia Karita Ribeiro de Souza pontua sobre o sentimento de aprender um novo idioma e a contribuição dele para a seu trabalho no dia-a-dia. “Como profissional da saúde, libras sempre será uma ferramenta relevante na comunicação com pessoas surdas, proporcionando um olhar mais humanizado e inclusivo no ambiente hospitalar. Para além da profissão, aprender libras tem se tornado uma experiência muito desafiadora, porém agradável e de grande reflexão”.
A comunicação é essencial no processo de cuidado e fator determinante para a prestação do cuidado ao paciente, refletindo diretamente na segurança adquirida pelo paciente, além do favorecimento do vínculo de confiança estabelecido entre ambos. A qualificação profissional, no estudo da Libras, pode minimizar os sentimentos de desconforto, insegurança, incapacidade, aflição e angústia, relatos pelos profissionais da necessidade de comunicarem-se com usuários com deficiência auditiva.
Este processo de aprendizagem é um grande avanço na busca da excelência do cuidado, onde acredita-se que todos ganham, contudo, “o maior ganho é para o usuário surdo, que ao se deparar com um profissional que consiga compreendê-lo, poderá se sentir mais participativo em seu próprio processo de cuidado”, finaliza Luiza.
Surdos no Brasil
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 5% da população brasileira é composta de pessoas que apresentam alguma deficiência auditiva. Essa porcentagem significa que mais de 10 milhões de cidadãos apresentam a deficiência e 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada.
De acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde - OMS, deficiência auditiva equivale à redução na capacidade de ouvir sons em um ou ambos os ouvidos. Assim, pessoas com perda auditiva, que varia de leve a severa, se enquadram no grupo com deficiência auditiva. Normalmente quem se inclui nesse espectro se comunica pela linguagem oral e faz uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares – dispositivos eletrônicos parcialmente implantados capazes de transformar sons em estímulos elétricos enviados diretamente ao nervo auditivo. A surdez, por sua vez, é definida como a ausência ou perda total da capacidade de ouvir em um ou ambos os ouvidos.
Sobre o Hospital
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.