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Assistência
Hospital das Clínicas oferece atendimento especializado a pacientes com Parkinson
HC-UFG conta com o Centro de Referência de Parkinson e Transtornos de Movimento – CERMOV, que oferece tratamento especializado a usuários do SUS
Parkinson é uma doença degenerativa que afeta os movimentos, causando rigidez e lentidão. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, são cerca de 200 mil pessoas. Embora ainda sem cura, medicamentos e terapias podem ajudar a lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Nesta quinta-feira (11), celebra-se o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, data criada para conscientizar a sociedade e promover debates sobre a doença.
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, vinculado a empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, oferece atendimento especializado e gratuito pelo SUS. A instituição possui o Centro de Referência de Parkinson e Transtornos de Movimento – CERMOV, criado em 1996, sendo um dos mais antigos do país, onde incluem os Ambulatório de Aplicação de Toxina Botulínica e Ambulatório de Cirurgia de Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento.
“O Parkinson hoje é um problema de saúde pública devido ao envelhecimento da população, pois a faixa etária principal da doença é o idoso acima de 60 anos. Ela constitui a segunda forma de doença neurodegenerativa do cérebro, depois do Alzheimer”, afirma o neurologista e coordenador do Cermov, Delson José da Silva.
Sintomas
O principal sintoma do Parkinson é a lentidão dos movimentos, chamada de bradicinesia, associada a pelo menos um dos dois sintomas: tremor de repouso e/ou rigidez de movimento. Além de afetar a parte motora, ela também causa sintomas não-motores, tais como distúrbios do sono, dor, fadiga, constipação, perda do olfato e alterações psiquiátricas.
“O principal transtorno psiquiátrico da doença de Parkinson é a depressão, que ocorre em torno de 40% dos casos, podendo acontecer ainda ansiedade e crise de pânico. Nas fases mais avançadas, podemos ter também alterações psiquiátricas, cognitivas, comportamentais, com alucinações e delírios, por isso a abordagem do tratamento é multiprofissional”, finaliza o neurologista.
A doença ainda não pode ser identificada na sua fase pré-clínica ou pré-motora, já que não há exames específicos para detectar o Parkinson. Por isso mesmo, o diagnóstico segue como um desafio para médicos e pacientes. Atualmente, a neuroimagem funcional – mais precisamente com a cintilografia Spect com Trodat – auxilia no diagnóstico da doença em casos que geram dúvidas, mas o diagnóstico é essencialmente clínico.
Tratamento
Embora seja uma doença que não tem cura, ela é tratável e o índice de sucesso com o tratamento é alto, levando a uma melhora da qualidade de vida do indivíduo com Parkinson. O tratamento para o controle dos sintomas é feito por meio de medicamentos e reabilitação feita de forma regular (fisioterapia, psicoterapia, musicoterapia, nutrição, fonoaudiologia e exercícios físicos), que melhoram a capacidade funcional.
Para os casos em que o tratamento medicamentoso não responde ou responde mal, há a possibilidade do tratamento neurocirúrgico, que consiste no implante de um aparelho estimulador cerebral profundo popularmente conhecido como “marca-passo cerebral”, que age sobre áreas do cérebro afetadas pela doença, assim regredindo em até cinco anos o avanço dos sintomas. “Nosso ambulatório é bem estruturado e completo para o tratamento de Parkinson com a vantagem de ter todo o tratamento integrado desde o medicamentoso, a reabilitação e o tratamento neurocirúrgico para a doença de Parkinson, finaliza o neurologista.
Conscientização
A Doença de Parkinson é amplamente debatida durante todo o mês de abril, chamado “Mês da Tulipa Vermelha”. Além do Dia Mundial da Doença de Parkinson, celebrada hoje (11), no dia 04/04 é celebrado o Dia Nacional do Parkinsoniano. A doença foi descrita pela primeira vez pelo médico inglês James Parkinson em 1817. Trata-se da segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente no mundo – atrás apenas do Alzheimer.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.