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17 DE NOVEMBRO
HC-UFG comemora Semana da Prematuridade
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/Ebserh) realizou, nos dias 16 e 17 de novembro, a 3ª edição comemorativa da Semana da Prematuridade.
O evento aconteceu no auditório do HC-UFG e teve por objetivo orientar profissionais e acadêmicos sobre os riscos e os cuidados do nascimento prematuro.
Profissionais de diversas áreas da saúde abordaram temas que envolvem os cuidados com bebês prematuros, desde avaliações médicas até assistência fisioterapêutica, fonoaudiológica, psicológica, nutricional, entre outros assuntos.
“Os debates multidisciplinares acerca da prematuridade são fundamentais, pois colaboram para a elaboração de estratégias que visam qualificar a atenção e gestão em saúde, além de fomentar o desenvolvimento técnico-científico das equipes assistenciais e discentes com base nas diretrizes acadêmicas de boas práticas hospitalares”, explica a psicóloga do HC-UFG Melissa Viana.
O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado no dia 17 de novembro e tem o objetivo de alertar a sociedade sobre as causas e consequências do parto prematuro, ou seja, o nascimento que ocorre antes de 37 semanas completas de gestação.
Anualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) definem um tema comum para a campanha Novembro Roxo, e o tema deste ano é “Pequenas Ações, Grande Impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”.
Apesar de as taxas de natalidade mundiais estarem diminuindo gradativamente, o problema da prematuridade atinge cerca de 15 milhões de crianças no mundo por ano. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil por ano. Um relatório divulgado em 2023, realizado pela OMS, Unicef e Parceria para a Saúde Materna, Neonatal e Infantil (PMNCH, sigla do inglês Partnership for Maternal, Newborn and Child Health), analisou o número de casos no mundo entre os anos de 2010 e 2020, demonstrando que um a cada dez nascimentos é prematuro. Em 2020, segundo essa pesquisa, 13,4 milhões de bebês nasceram antes do tempo.
Esses dados tornam os debates sobre prematuridade fundamentais para as políticas de cuidado humanizado e tratamento adequado nos hospitais.
Entre os principais fatores de risco para a prematuridade estão a idade materna (gravidez na adolescência ou tardia, após os 40 anos), gravidez gemelar, infecções maternas (sífilis, HIV, infecção urinária), diabetes, hipertensão, uso de álcool e cigarro, doenças uterinas (como incompetência istmo cervical). Por isso, a prevenção leva em conta o cuidado pré-natal da mãe, para rastreio de infecções e seu tratamento adequado.
Prematuridade
É considerado prematuro o bebê que nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional. Junto a esse marco temporal específico, há uma classificação da OMS mais detalhada das idades gestacionais: entre a 34ª e 36ª semana, é considerado como prematuro tardio; de 32 a 33 semanas, como prematuros moderados; muito prematuros entre 28 e 31 semanas; e prematuros extremos para aqueles bebês nascidos abaixo de 28 semanas. Quanto maior o grau de prematuridade, maiores são as intercorrências de saúde desse recém-nascido.
O bebê nascido antes do tempo apresenta imaturidade nos órgãos, ou seja, não está completamente formado e precisa continuar se desenvolvendo mesmo após o nascimento. Por isso, este recém-nascido está predisposto a infecções, já que seu sistema imunológico ainda não está fortalecido; sua pele é mais sensível; há uma maior presença de desconforto respiratório, e incidência de problemas renais, cardíacos e neurológicos.
Por isso, os cuidados iniciam assim que o bebê nasce, com ações para controlar a temperatura do corpo, monitorar seus sinais vitais e assistência ventilatória. No caso dos bebês nascidos abaixo de 34 semanas, necessariamente precisam passar pela UTI Neonatal para tratamento das intercorrências. Entre 34 e 37 semanas, a depender das condições, o recém-nascido pode não precisar da internação na UTI. A condução dos cuidados depende do estado clínico de cada bebê.
Rede Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.