Notícias
Segurança do paciente
Acompanhantes são fundamentais na segurança do paciente
A participação de familiares/acompanhantes ativamente nos processos do tratamento fortalecem a segurança do paciente
A segurança do paciente é o conjunto de estratégias e ações organizacionais que visam diminuir riscos e a ocorrência de eventos adversos aos pacientes. Entre essas estratégias e ações, os serviços de saúde devem fomentar meios para estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.
Quando os pacientes e seus familiares/acompanhantes participam ativamente dos seus processos do tratamento/assistência fortalecem a segurança do paciente por diversos motivos, dentre eles:
- Comunicação eficaz: os pacientes e seus familiares são fontes de informações essenciais (histórico de saúde, alergias, uso contínuo de medicamentos,) para determinação de seu diagnóstico e tratamento de forma mais segura e oportuna;
- Identificação de riscos e erros: quando há uma participação ativa dos pacientes e familiares/acompanhantes no processo de tratamento hospitalar, eles se tornam “barreira de segurança” nos processos assistenciais e assim podem identificar possíveis riscos e erros antes que se materializem, como por exemplo administração de medicações erradas, procedimentos errados.
- Aplicação de medidas preventivas de eventos adversos: a aplicação de medidas e comportamentos dos pacientes e familiares/acompanhantes podem prevenir eventos adversos tais como lesão por pressão, quedas, incidentes relacionados à identificação dos pacientes, entre outros.
Portanto, é notório que o engajamento de pacientes e seus familiares/ acompanhantes na assistência hospitalar é muito importante e isso é corroborado pela própria orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na RDC n° 36 de 2013, que preconiza que os serviços de saúde estabelecem estratégias e ações voltadas para o estímulo à participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.
“Por entendermos que o paciente e seus familiares devem transcender do papel passivo durante sua hospitalização para um papel ativo que os leve a contribuir para uma assistência mais segura, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), com o intuito de promovermos mais engajamento e empoderamento aos pacientes e familiares, elaboramos um quadro com orientações voltado para pacientes e seus familiares/ acompanhantes e fixamos nas enfermarias. Essa elaboração partiu da equipe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente, teve seu conteúdo validado por especialistas em letramento e foi aprovado pelo Núcleo de Segurança do Paciente e Conselho Local de Saúde”, explica a chefe do Unidade de Gestão da Qualidade do HC-UFG, enfermeira Polyanna Campos.
Polyanna conta que, além disso, baseado no mesmo conteúdo do quadro, foi elaborado um folder que é entregue no momento da admissão do paciente pelo Núcleo Interno de Regulação e que o HC-UFG realiza periodicamente ações de educação em saúde para os pacientes. “Outra ação importante que tem sido desenvolvida no HC-UFG visando o empoderamento dos pacientes é a divulgação da carta de direitos e deveres dos usuários pelo Grupo de Trabalho de Humanização”.
Pós-alta
Após a alta hospitalar, os pacientes e seus familiares/acompanhantes podem continuar contribuindo com a segurança do paciente. Há alguns canais disponíveis que podem ser utilizados para esse fim, como por exemplo:
- Notivisa (módulo cidadão), que é o Sistema Nacional de Notificações em Vigilância Sanitária (https://www16.anvisa.gov.br/notivisaServicos/cidadao/notificacao/evento-adverso ), no qual o paciente e familiares/acompanhantes podem notificar incidentes que possam ter ocorridos durante internação no serviço de saúde.
- Ouvidoria (https://falabr.cgu.gov.br/web/home), canal onde pacientes e seus familiares/acompanhantes podem manifestar-se para sugerir melhorias nos processos de trabalho, reclamar , elogiar e fazer denúncias.
“É importante destacar que quando tratamos de segurança do paciente, o objetivo das notificações sempre será voltado para o desenvolvimento de medidas corretivas e aprimoramento de processos de trabalho que possam evitar que incidentes aos pacientes nos serviços de saúde venham a se repetir, melhorando a qualidade e a segurança do paciente nos serviços de saúde”, conclui a chefe do Unidade de Gestão da Qualidade.
Rede Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.