Relatos e Historias
Minha História com a Rede Ebserh
“O HC-UFTM/Ebserh transformou minha vida, ao preservar meu sonho de poder ser mãe”
Vanessa (sentada, ao centro) e parte da equipe da Unidade de Saúde da Mulher do Hospital de Clínicas da UFTM. Foto: João Pedro Vicente/HC-UFTM
"Meu nome é Vanessa Ribeiro Silva, sou autônoma, moro em Uberaba (MG), e hoje quero compartilhar a minha história de superação. Espero que ela possa servir de exemplo e contribuir de alguma forma para mulheres que estejam passando pela mesma situação.
Um certo dia enquanto trabalhava, senti uma dor muito forte na barriga e procurei ajuda em um pronto-socorro. Os médicos que me atenderam, a princípio, pensaram que era apendicite. Porém, após exames, recebi de forma inesperada o diagnóstico de um mioma uterino [tumor benigno] em estágio avançado. Foi um momento muito assustador, porque nunca senti nenhum sintoma, como dor, sangramento etc.
O meu caso foi, então, encaminhado para um médico especialista, que me apresentou uma única solução: a retirada do meu útero. Ele não fez muito esforço para achar outra solução, nem pareceu levar em consideração a minha idade.
Tentei conversar, pedi uma alternativa como algum tratamento ou até mesmo cirurgia que preservasse meu órgão, pois não tenho filhos e não queria perder a possibilidade de engravidar um dia. Mas ele não mudou de opinião... e eu também não aceitei a solução que ele me oferecia. Foi um período muito difícil, eu estava no penúltimo período da faculdade (produzindo trabalho de conclusão de curso), mas, mesmo assim, fiquei firme e não desisti de encontrar outro recurso, outra solução.
Procurei outros especialistas e, graças a Deus, consegui no Hospital de Clínicas [da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, vinculado à Rede Ebserh (HC-UFTM/Ebserh)]. Na primeira consulta, cheguei desesperada e, de forma incrível, a primeira coisa que os especialistas fizeram foi conversar comigo, me tranquilizar. Foram mais que médicos, foram humanos. Os especialistas do HC-UFTM/Ebserh levaram em consideração a minha idade e o fato de não ter filhos ainda, pediram todos os exames para analisar bem e encontrar a melhor solução.
Quando todos os resultados ficaram prontos, a equipe se reuniu e, de forma bem humana, me explicou que a solução seria uma cirurgia, mas que fariam de tudo para preservar o órgão e que só iriam retirá-lo em último caso, como por exemplo se eu tivesse uma hemorragia. Dessa forma, me passaram muita confiança. No dia 5 de janeiro de 2022 me internei. Confesso que fiquei muito nervosa, mas no decorrer do dia as psicológicas, enfermeiras e as médicas do plantão conversaram muito comigo, me ouviram com muita atenção.
No dia 6 de janeiro, antes da cirurgia, a médica Simone [Paula Queiroz] foi ao meu quarto e conversamos muito. Ela deixou bem claro os riscos, mas também que ela e a equipe fariam de tudo para preservar meu útero. Quando cheguei no bloco cirúrgico, Simone ficou o tempo todo segurando a minha mão, me tranquilizando enquanto a equipe se preparava. Depois desse momento, me lembro de acordar no quarto.
Mesmo me sentindo bem, as enfermeiras foram muito atenciosas. No outro dia, a enfermeira Débora [Daiana Nogueira Mota], com muito cuidado e paciência, me ajudou a levantar da cama pela primeira vez. Eu me sentia bem e sem dor. No período da tarde, a médica Marília [das Neves] me falou que a cirurgia foi bem-sucedida. Nesse mesmo dia, recebi alta porque não tive nenhuma complicação pós-cirúrgica.
Minha recuperação foi ótima, sem nenhum problema. Lutei e consegui. Recuperei a paz que tinha perdido quando descobri o problema de saúde. Vou poder realizar meus sonhos e essa nova e linda fase eu devo aos médicos Simone Paula Queiroz, Robson Silva Carvalho Monteiro, Isabella Cunha Campos, Fabrícia Fernanda Barros Cruz, Andreia Duarte de Resende, Fernanda Beatriz Ferreira Souza e Marília das Neves, aos enfermeiros, às psicólogas e aos demais funcionários.
Sou eternamente grata a todos. Não consigo encontrar palavras para agradecer tudo o que fizeram. Muitos falam que ter miomas é algo normal, comum, mas a questão é: quantas mulheres têm a sorte de serem tratadas por uma equipe tão competente? Quantas mulheres têm o mesmo privilégio que eu tive?
Que esses profissionais nunca se esqueçam do valor que têm!
Eu vou continuar fazendo acompanhamento no Hospital de Clínicas após a cirurgia. Pretendo ser mãe e ter meu filho no HC também, porque confio nos profissionais. Foram eles que me deram essa chance de ser mãe. Quero e vou continuar sendo acompanhada por essa equipe.
Desejo que todos tenham uma linda carreira e que sigam salvando e transformando vidas da mesma forma que fizeram comigo. Que Deus recompense em dobro a todos e que a direção do HC-UFTM reconheça, valorize e preserve esses profissionais.
Vanessa Ribeiro
Paciente do HC-UFTM/Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Saiba mais sobre a Rede Ebserh.