Séries Especiais
Dia Internacional da Mulher
Várias funções e várias responsabilidades: elas já mostraram que têm capacidade e direito para estarem onde quiserem
O 8 de março não reflete a grandeza das mulheres em cada uma das funções que exercem. A homenagem tem que ser diária
Brasília (DF) – Elas constroem uma rica trajetória em cada um dos hospitais filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que administra 41 hospitais universitários federais, nos mais diferentes pontos do Brasil. São mulheres que transformam a vida dessas instituições, dos seus diferentes públicos, sejam pacientes, acompanhantes, colaboradores, alunos, docentes, residentes, preceptores e, também, delas mesmas. Ninguém faz nada só, e ninguém entra e sai de um lugar sem deixar um pouco de si e levar um pouco de cada aprendizado.
Em São Luís (MA), a pediatra, professora e pesquisadora Feliciana Pinheiro foi a idealizadora do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhã (HU-UFMA/Ebserh), que já funciona há 23 anos e destes, por 20 anos ela esteve à frente do serviço. A inquietação, segundo ela relata, foi para reduzir os números de óbitos dos recém-nascidos, que apresentavam índices elevados até então. A solução simples de incentivar o aleitamento materno, já dava sinais lá atrás de sua relevância. Com muito trabalho, hoje ela conta com orgulho que conseguiu mudar os números, juntamente com a ajuda de muitos profissionais e parceiros. “Hoje, além das ações assistenciais, é cenário de prática para alunos da graduação e pós-graduação, além de desenvolver pesquisas sobre o aleitamento materno no âmbito da saúde pública. Ao longo desse percurso, encontramos vários desafios e dificuldades, mas também momentos de superação e vitórias, que fizeram valer a pena todo o esforço. Me sinto honrada em fazer parte dessa história”, agradece.Não cabe tanta inspiração em uma página, mas elas seguem motivando em seus ambientes de trabalho. Seja na sala de espera dos ambulatórios, nas portarias, nas salas de aula, sejam nas pesquisas que desenvolvem, não importa se nas áreas assistenciais ou administrativas.
A reflexão feita pela administradora Thábila Proença, do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM/Ebserh), em Cuiabá (MT), traz um pouco de suas alegrias atuando na Unidade de Planejamento e Dimensionamento de Estoques, que, mesmo sendo puramente administrativo, também salva vidas. “Nosso trabalho administrativo também muda a trajetória de uma vida. Na maioria das vezes, não conhecemos a história da pessoa que fará uso de cada material ou medicamento adquirido, mas ele faz parte de todo o processo assistencial”, relata. Esse aprendizado aconteceu durante uma experiência na qual o HUJM-UFMT teve que adquirir um produto para uma paciente de cinco anos, portadora de Mucopolissacaridose tipo 1 [quando moléculas de açúcar complexas se acumulam de forma nociva, resultando em possíveis anomalias dos ossos, dos olhos, do fígado e do baço. “Não conhecemos a criança, mas tenho certeza de que todos os envolvidos foram instrumentos para abençoá-la”, completa.Tem como não aplaudir essas e tantas outras profissionais que contribuem com uma saúde pública e um ensino de qualidade? O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, não reflete a grandeza das mulheres em cada uma das funções que exercem. A homenagem tem que ser diária. Essas e tantas outras mulheres tornam a Rede Ebserh/MEC cada vez mais gigante em suas ações.
Veja outros depoimentos.
Por Danielle Morais
Unidade de Reportagem
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC