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1º de maio
Trabalhador: força e resiliência que fazem a diferença
Brasília (DF) – Mais de 60 mil pessoas compõem a força de trabalho da Rede Ebserh. Pelos quatro cantos do país, esses profissionais, dia a dia, dedicam-se a prestar, com excelência, cuidado e respeito ao próximo, assistência à saúde, ensino de qualidade, extensão e pesquisa a toda a sociedade. Neste dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, além de reforçar a luta histórica do trabalhador por direitos e celebrar todas as conquistas alcançadas até aqui, o momento é de homenagear a sua força e a sua resiliência por meio de histórias reais de vida e de compromisso com o social.
A enfermeira Gicelda Pardo, 65, se orgulha do caminho percorrido ao longo de 36 anos de atuação no Hospital Universidade Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. (HU-Furg/Ebserh), em Rio Grande (RS). Prestes a se aposentar, Gisa, como é carinhosamente chamada, trilhou toda a sua trajetória profissional – como enfermeira, gestora e, nos últimos anos, ouvidora – no complexo da Universidade Federal de Rio Grande, onde se formou em 1982.
A evolução das relações e dos direitos trabalhistas, a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), as transformações tecnológicas e as mudanças no próprio HU, ao longo dos anos, foram todas vivenciadas por ela. “Tenho 65 anos e me sinto parte de toda a evolução do meu hospital. Quando comecei aqui, nós éramos, como costumo dizer, ‘um grande posto de saúde’. Fomos evoluindo, mudamos de sede, ganhamos um prédio próprio e eu me orgulho de dizer que participei de todo esse processo”, contou.
Ela, que é a servidora mais antiga da unidade hospitalar, dará, em breve, entrada em seu processo de aposentadoria, que planeja concluir até o fim deste ano. Uma mistura de dor e de alegria. “Aqui no HU-Furg eu me casei, tive dois filhos, me separei, perdi meu pai... Os ganhos e as perdas da vida aconteceram concomitantemente com o meu trabalho aqui dentro. É uma grande simbiose e não é fácil se afastar de tudo isso”, disse.
Na nova rotina, ela planeja, entre outras coisas, começar um curso de língua estrangeira. E na memória, ficarão guardadas as conquistas alcançadas e os desafios superados ao longo de mais de três décadas de trabalho. “Ver as necessidades do nosso povo e como o SUS é importante, o quanto ele é essencial e necessário na vida do cidadão comum e todo esforço que se faz para que ele dê certo: isso ficará marcado para sempre”, enfatizou.
Início
Enquanto alguns ciclos encerram-se, outros estão só no início. O chefe do Setor de Governança e Estratégia Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HC-UFScar/Ebserh), Bruno Dantas Yamashita, 31, lembra-se com carinho da primeira vez que pisou na instituição. Foi lá onde ele começou a sua carreira, como assistente administrativo, em 2015.
“Estava no mestrado em Engenharia de Produção na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) quando surgiu a chance de prestar o concurso para assistente administrativo na Ebserh. Na época, eu estava como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pesquisava sobre a análise de desempenho dos hospitais universitários federais. Com o concurso, encontrei uma grande oportunidade de colocar em prática diversos conceitos que havia aprendido nas minhas pesquisas e tive a alegria de ser aprovado, assumindo a vaga com 23 anos em outubro de 2015”, disse ele sobre o primeiro emprego.
Quatro anos depois, Bruno participou do concurso da Rede Ebserh para o cargo de Analista Administrativo – Gestão Hospitalar. “O sentimento [da aprovação] foi de realização, pois era um objetivo grande na minha carreira e uma oportunidade de crescimento”, afirmou.
Bruno diz que tem muito orgulho por trabalhar em uma empresa cujo propósito se insere no contexto nacional de educação e saúde pública. “Com a minha graduação, eu não imaginava que um dia iria trabalhar em um hospital. É muito gratificante a oportunidade de desenvolver pesquisa em gestão hospitalar, participar de projetos de extensão universitária e realizar atividade em rede, todas com profissionais extremamente qualificados e competentes”, finalizou.
Inclusão
O nanismo nunca foi barreira profissional para a psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), Cristiane Figueredo de Sousa, 36, que desde criança foi ensinada a viver como qualquer outra pessoa e suas habilidades, limitações e diferenças. A doença caracteriza-se pela deficiência no crescimento, resultando em uma pessoa com baixa estatura, se comparada com a média da população da mesma idade e sexo. “Sei da minha capacidade e o quanto a sociedade tem dificuldade de enxergar as pessoas com deficiência como capazes de realizar o que desejarem em qualquer âmbito da vida. Mas a minha percepção do que sou e do que sou capaz me ajuda a não me importar com a opinião dos outros e nunca me sentir menor pela deficiência. Ela é somente um detalhe da minha vida”, enfatizou.
São oito anos de atuação no HU-UFMA, mais precisamente na Unidade de Transplante Renal. “O hospital e os colegas de trabalho me acolheram bem, nunca tive dificuldade de relacionamento. Aprendi a lidar com a curiosidade do outro e sempre consegui impor o meu lugar pessoal e profissional”, disse.
Para as pessoas com deficiência (PcD), segundo ela, o maior desafio é a falta de preparo da sociedade em oferecer infraestrutura física adaptada, mas o HU-UFMA trabalha para minimizar as dificuldades de trabalhadores e pacientes nessas condições. “Vejo uma mudança no olhar para as pessoas com deficiência na tentativa de reduzir as dificuldades que encontramos no dia a dia. Por isso, posso dizer que sou realizada com o meu trabalho e me sinto reconhecida como profissional”, enfatizou.
Histórico
O dia 1º de maio tornou-se o dia de celebrar o trabalhador após um ato de norte-americanos, em 1886, que reivindicavam a redução da carga horária máxima diária de trabalho. Após as manifestações, houve a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, o que é seguido na maioria dos países. A luta norte-americana então foi reconhecida pela Europa em 1890, que fixou o primeiro dia do mês de maio como o “Dia do Trabalhador”, data difundida em todo o mundo.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Luna Normand com revisão de Ronaldo Pedroso
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh