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Conscientização
Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência relembra os cuidados com saúde
Gravidez em uma adolescente pode gerar sérios riscos de saúde à gestante, ao feto e ao bebê
Fortaleza (CE) – A primeira semana de fevereiro, entre os dias 1 e 8, é marcada pela campanha nacional da Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência. No Brasil, todo ano, mais de 400 mil adolescentes viram pais pela primeira vez, gerando uma média para o Brasil de quase 70 meninas com filhos entre mil jovens na primeira metade da década passada. O valor médio nacional fica acima da média latino-americana (66,5) e mundial (46).
A gravidez na adolescência gera muitos problemas socioculturais, como uma dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Além disso, estudos mostram uma relação, não necessariamente causal, entre a antecipação da maternidade na vida e baixa escolaridade. Sem contar a dependência familiar, que costuma colaborar na criação da criança. Segundo relatório do Banco Mundial, o Brasil poderia aumentar sua produtividade em três bilhões e meio de dólares caso a gravidez fosse adiada na vida dos adolescentes.
De acordo com a chefe do Ambulatório do Adolescente da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC), uma das unidades da Rede Ebserh/MEC, Maria Tereza Dias, a gravidez em uma adolescente pode gerar sérios riscos de saúde à gestante, ao feto e ao bebê. Muitas vezes, essas situações resultam no nascimento prematuro da criança. Sendo assim, anomalias graves, problemas congênitos e traumatismos podem afetar a saúde do recém-nascido. Há também a possibilidade da falta de amamentação, gerando uma necessidade de nutrição extra por meio de bancos de leite ou leites artificiais. Maria Tereza defende o trabalho contínuo por parte dos pais em relação ao assunto, aproveitando casos cotidianos. “Tem que existir uma relação de conversa e confiança mútua desde a infância”, ressalta Dias.
A Meac, que faz parte do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, possui boas práticas no acompanhamento desse tipo de gestação, pois possui um ambulatório pioneiro no Brasil, exclusivo para atendimento de adolescentes, desde 1987. No Serviço, é prestada assistência em ginecologia, obstetrícia e planejamento familiar, além do programa Superando Barreiras, que atende pessoas vítimas de violência sexual. Somente no ano passado, houve 2.942 atendimentos no Ambulatório do Adolescente da Meac.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Com informações da Meac-UFC