Configurações avançadas de cookies
Para melhorar a sua experiência na plataforma e prover serviços personalizados, utilizamos cookies.
Notícias
ASSISTÊNCIA
Identificação precoce dos problemas, aliada com cuidados adequados, são essenciais para garantir a qualidade de vida e bem-estar. Foto Huap-UFF
Nesta reportagem, você vai ver:
Brasília (DF) – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que as mulheres realizam 76,2% do trabalho de cuidado não remunerado no mundo, o que inclui a dedicação às crianças, idosos e tarefas domésticas. Mesmo sendo as principais cuidadoras, elas costumam postergar os próprios cuidados médicos, o que pode resultar em diagnósticos tardios. No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) enfatiza a importância da dedicação que elas devem ter com a própria saúde nas diversas fases da vida.
No início da adolescência, mudanças físicas e psicológicas acontecem no corpo feminino. Nesse período, ocorre a primeira menstruação, além de adaptações que vão preparar a menina para uma gestação no futuro. Conforme a menina vai crescendo, é necessário orientar sobre a sexualidade, prevenção de gravidez e autocuidado.
Além disso, é preciso atentar para outras adversidades que podem surgir nesta fase, como é o caso de problemas de saúde mental, obesidade e distúrbios alimentares, problemas de sono devido ao uso excessivo de telas antes de dormir, como também transtornos musculoesqueléticos que podem ocorrer devido a postura errada causando, por exemplo, dores na coluna.
Entre os exames preventivos a serem realizados na fase adulta está o exame do Papanicolau (ou preventivo), que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, que já iniciaram atividade sexual. A rotina recomendada é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano.
Além das avaliações anuais de rotina para identificar doenças de forma precoce e realizar o tratamento o mais breve possível, é importante fazer investigações para verificar a questão de alimentação, sono e atividade física, que são medidas preventivas de outras enfermidades que podem surgir ao longo da vida.
Castro elencou que as doenças mais comuns na fase adulta são as cardiovasculares (hipertensão, infarto, AVC), o câncer de mama e o câncer de colo do útero, a diabetes tipo 2, as doenças mentais, as infecções do trato urinário e a candidíase recorrente, além da hipertensão gestacional.
Já o climatério consiste na transição entre a fase reprodutiva e a fase pós-menopausa da mulher. Ela ocorre em cerca de 80% das mulheres, geralmente entre os 40 e os 65 anos de idade. Nessa fase, além dos exames de rotina habituais como, mamografia, preventivo, exames de sangue e ultrassonografia transvaginal, é recomendado um cuidado redobrado para que a paciente melhore os hábitos de vida.
“Essa fase é muito variável entre as mulheres e pode durar um certo tempo. É importante ressaltar que às vezes ela ocorre muito antes de parar a menstruação definitiva. Quando se encerra a função hormonal ovariana, a paciente já pode ter muitos sintomas relacionados ao climatério”, destacou a ginecologista do HUGV-Ufam.
Ainda segundo Cintia Cardoso Pinheiro, os sintomas mais comuns são: calores, ressecamento vaginal, irritabilidade e problemas com o sono. Os sinais devem ser relatados para o ginecologista e avaliados para poder melhorar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Jedson Castro enfatizou que, independentemente da fase da vida, a postergação ou a não realização de exames periódicos pode trazer diversos malefícios, aumentando o risco de complicações de saúde que poderiam ser prevenidas ou tratadas precocemente. “Problemas como progressão silenciosa de cânceres femininos, piora da saúde mental, aumento do risco cardiovascular e descontrole do metabolismo podem comprometer a qualidade de vida das mulheres”, finalizou.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh
Redação: Paulina Oliveira, com edição de Danielle Campos